A Câmara de Osasco sediou nesta segunda-feira, 24/5, a primeira audiência pública da Região Metropolitana de São Paulo, da série de reuniões que a Comissão de Finanças e Orçamento vem realizando em todo o Estado para debater o Orçamento estadual 2011.

Os deputados Marcos Martins (PT) e Celso Giglio (PSDB), representantes da região, Vitor Sapienza (PPS) e Enio Tatto (PT), membros da comissão, compareceram à reunião presidida por Mauro Bragato (PSDB), que também contou com o presidente da Câmara, Oswaldo Virgílio, para ouvir as sugestões, dos moradores da região oeste da Grande São Paulo, de investimentos do orçamento paulista.

Após Virgílio cumprimentar a iniciativa da comissão, Sapienza disse que a população já demonstra saber o que é de competência estadual e o que não é. "Já não se pede asfaltamento de ruas ou construção de pinguela."

Tatto informou que algumas sugestões apresentadas na audiência de 2009 foram transformadas em emendas pela comissão e acolhidas no orçamento 2010 que está em execução: ampliação do Hospital de Pirajussara, implantação do centro oncológico em Osasco e melhoria da rede de esgoto.

Martins fez a ressalva de que os valores destinados para esses pedidos são simbólicos e, portanto, apesar de criada a ação no projeto orçamentário, os recursos não são suficientes para sua implantação efetiva. O deputado insistiu para que os valores sejam revistos para o Orçamento 2011. Seu pleito foi apoiado por outros participantes.

Giglio falou sobre benfeitorias que ainda serão instaladas na cidade, como uma unidade da Fatec e outra do Poupatempo.

O presidente Bragato afirmou que a audiência tem por tarefa orientar a população para que ela colabore com o Estado para planejar melhor os investimentos no Estado.

A questão da Sabesp foi lembrada pelo vereador Rubinho, de Osasco. Ele afirmou que a empresa fica devendo no que se refere à prestação de serviço e também a saneamento, o que compromete ambientalmente o rio Tietê. Seu colega Aloísio Pinheiro solicitou a construção de anéis viários de ligação entre bairros da zona norte e o centro de Osasco e reclamou da demasiada ocupação de áreas do município por instalações do Exército brasileiro.

Moradores do Jd Ariston, de Carapicuíba, estiveram na audiência para solicitar a canalização de córrego que cruza o bairro e é fator de enchentes. Também pleitearam melhorias no transporte público e no atendimento de saúde.

A próxima audiência da CFO acontece também na Grande São Paulo, no dia 27/5, às 10h, na Câmara de São Bernardo do Campo.



Osasco tem localização e logística privilegiadas



Localizada próxima à cidade de São Paulo, a cidade de Osasco pertence à Região Metropolitana de São Paulo. Cortada pelas rodovias Anhanguera, Castello Branco e Raposo Tavares, Osasco abriga, ainda, em seu território grande extensão do trecho oeste do Rodoanel.

Por esta localização privilegiada, Osasco é tida como a porta de entrada da região oeste da Grande São Paulo, e sedia várias empresas nacionais e multinacionais. Com uma população de mais de 700 mil habitantes, Osasco tem a 5ª maior população do Estado de São Paulo e o 14º PIB entre os municípios brasileiros.

O município, cuja área é de 67 quilômetros quadrados, ainda tem a sua logística destacada por redes ferroviária e hidroviária.

A infraestrutura disponível na região é um atrativo para instalações de empresas. Atualmente, Osasco responde por quase 2% do PIB do Estado, tendo uma renda per capita de R$ 13.650, o que equivale à média estadual, ficando pouco abaixo apenas da região metropolitana, que atinge R$ 14.400 de renda per capita.

A infraestrutura disponível na região é um atrativo para instalações de empresas. Atualmente, Osasco responde por quase 2% do PIB do Estado, tendo uma renda per capita de R$ 13.650, o que equivale à média estadual, ficando pouco abaixo apenas da região metropolitana, que atinge R$ 14.400 de renda per capita.



História



Antonio Agu, proprietário de vários negócios e terras na região, por volta de 1890 resolveu ampliar sua olaria e convidou para sócio o barão Dimitri Sensaud De Lavaud. A pequena fábrica, que produzia tijolos e telhas, passou a fazer também tubos e cerâmicas, dando origem à primeira indústria da cidade, a Companhia Cerâmica Industrial de Vila Osasco.

Em 1895, Agu construiu a estação ferroviária, erguendo várias casas nos arredores para abrigar os operários que chegavam para trabalhar na obra. Dirigentes da Estrada de Ferro quiseram batizar a estação com o nome do principal empreendedor da região, mas Antonio Agu pediu que a homenagem não fosse dada a ele e sim à sua cidade natal na Itália: Osasco.

A população crescia e a localidade ganhou relevo comercial. Em 1952, surgiram as primeiras manifestações pela emancipação. Depois de alguns reveses, o movimento assistiu, em 19 de fevereiro de 1962, a emancipação político-administrativa de Osasco.



Região Metropolitana



A Região Metropolitana de São Paulo constitui-se dos seguintes municípios: São Paulo, Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana do Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Suzano e Taboão da Serra.