Na deformação encontra-se a beleza expressiva da escultura de Bella Prado

Acervo Artístico - Emanuel von Lauenstein Massarani
24/02/2005 14:00

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Obra em bronze Ânsia de Saber<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Bella Prado Ansia Saber B.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra em bronze Ânsia de Saber<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Bella Prado Ansia Saber.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Não há dúvida que o figurativismo é a matriz da linguagem da escultora Bella Prado, cuja meta é fazer da escultura um organismo potencial da participação humana. Suas obras representam uma série de elaborações que testemunham a paciente e firme espera de uma nova relação homem-natureza. Aliás, o humano não nasce na artista externando e ilustrando uma forma figurativa; nasce como processo interior que escava ou molda na própria forma uma presença humana.

Utilizando o bronze, o mármore ou o granito, suas obras nascem de uma raiz expressionista, mas como uma linguagem nova na temática. Na deformação está sua beleza expressiva. Na sua dimensão espiritual está a raiz de uma linguagem religiosa de natureza social.

Sentimentos e emoções intensas são canalizados para a escultura, diante de dificuldade de assumi-los pessoalmente. A dor cristã, a alegria de um encontro, o nascimento de um novo ser, a revolta contra a violência e até mesmo as conquistas tecnológicas provocam a sua sensibilidade artística.

Sente-se que, passo a passo, suas obras se despem de todo dado atinente e cada vez mais tendem àquela síntese que é a afirmação da autonomia do pensamento plástico.

"Ânsia de Saber" é o título da importante obra em bronze da escultora Bella Karawaewa Prado, datada de 1977, doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e o SENAI.

A Artista

Bella Karawaewa Prado nasceu na Rússia em 1930. Transferiu-se para o Brasil, onde iniciou sua carreira artística e naturalizou-se brasileira. Como pintora participou em numerosos salões do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Paris, inclusive Salon des Comparaisons, conseguindo diversos prêmios. Participou de Bienais Internacionais de São Paulo.

Realizou diversas exposições individuais no Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires, Paris, Genebra, Bruxelas, etc. Desde 1960 se dedica além da pintura, à escultura.

Apaixonada pela escultura, trabalhou em Roma com o escultor Marino Mazzacurati. Em São Paulo, no Largo do Arouche, se ergue um Monumento de sua autoria.

Suas esculturas se encontram em diversas coleções nacionais e internacionais e no Acervo Artístico da Assembléia Legislativa de São Paulo.

alesp