Professores são homenageados em solenidade na Assembléia


18/10/2006 16:11

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Sessão solene para comemorar o Dia do Professor<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/sol prof 05marco.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Roberto Felício (ao centro) entre Zilda Halben Guerra e Carlos Ramiro de Castro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/sol prof 08marco.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo realizou na última segunda-feira, 16/10, sessão solene para comemorar o Dia do Professor, a requerimento do deputado Roberto Felício (PT), que presidiu os trabalhos.

Em seu pronunciamento, o parlamentar destacou a necessidade da politização das questões educacionais e lembrou do que chamou de mazelas e de conquistas do setor. Ressaltou também a importância de projetos, mesmo que vetados, que levem o debate à sociedade em prol de uma escola de qualidade. Disse que a educação é um instrumento estratégico para o desenvolvimento social, político, cultural e econômico da sociedade, defendeu a isonomia aos inativos e enalteceu a diversidade brasileira.

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) encaminhou mensagem aos professores, que foi lida na própria sessão solene. Também esteve presente à solenidade representante da deputada Beth Sahão (PT).

Carlos Ramiro de Castro, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), disse que é preciso haver maior reconhecimento da categoria por parte do governo. Ele pleiteou melhores condições de trabalho, plano de carreira e valorização profissional e afirmou que a educação deve ser responsabilidade de toda a sociedade.

Zilda Halben Guerra, presidente da Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp), lamentou a discriminação que afeta os professores aposentados, na concessão de benefícios em relação aos professores ativos, os quais exortou para que, pensando no futuro, rejeitem as gratificações e bônus e lutem por salários que dignifiquem toda a categoria.

Severiano Garcia Neto, presidente do Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo (Apase), ressaltou o orgulho que deve nortear os professores e solicitou a mobilização da categoria por melhorias plenas.

Rosalina Chinone, supervisora de ensino e representante do Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério (Udemo), disse que é preciso haver maior conscientização por parte dos professores e que faltam novas lideranças no setor.

Valorização profissional

Gladys Marques de Farias, representante das professoras das creches da capital, solicitou a transformação da carreira profissional e ressaltou a necessidade de se denunciar o descaso em todas as esferas da educação.

Salete Balsean Camba, diretora de relações internacionais do Instituto Paulo Freire, mencionou a insatisfação geral que envolve os professores e citou o educador Paulo Freire, que dizia que "é preciso ler para além das letras e dos números".

Rosiver Pavan, presidente da Fundacentro, destacou as doenças profissionais que afetam os professores e alguns pontos de uma pesquisa nacional sobre a educação básica que apontam necessidades que vão além das questões salariais dos professores. Sugeriu ainda que haja mecanismo permanente de negociação salarial.

Ariovaldo de Camargo, secretário de finanças da CUT estadual, combateu a aprovação automática, falou das dificuldades de negociações com o governo e lembrou da jornada dupla característica de muitas professoras com filhos. Para reverter esse quadro, ele sugeriu mais investimentos no setor e reivindicou a valorização da categoria.

Roberto Franklin Leão, secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, fez uma retrospectiva histórica sobre os ideais da educação, lembrou das responsabilidades que recaem sobre os professores e considerou absurda a competitividade no setor. Lembrou ainda que a atividade do professor é uma das mais estressantes e ressaltou a necessidade de que haja uma visão política da educação.

Finalmente, Ivaldina Ferreira Veloso Felix, da Educafro, apoiou as manifestações anteriores, propôs uma revisão salarial para os professores e enalteceu a necessidade do ensino de política e de história atrelado a matérias correlatas. Ela pediu ainda maior atenção à população carente e defendeu a política de cotas.

alesp