Curso avalia e estimula participação das mulheres na política


02/09/2008 16:50

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Participação das mulheres na política é debatida na Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/ILP PART FEMININA PUBL ROB_2895.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Presidente Vaz de Lima: Discutir a participação feminina na política é uma forma de estimular o surgimento de vocações<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/ILP PART FEMININA aline.lamari.vaz.henning suhr ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O curso é organizado pelo Instituto do Legislativo Paulista em parceria com a Fundação Konrad Adenauer<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/ILP PART FEMININA aline.lamari.henning suhr ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Elas são 51,59% dos eleitores aptos a votar no próximo pleito, mas apenas 21,32% do total de candidatos a prefeituras e câmaras municipais em todo o país. Os números do Tribunal Superior Eleitoral revelam as contradições da participação política feminina no Brasil, exatamente o tema do curso organizado pelo Instituto do Legislativo Paulista em parceria com a Fundação Konrad Adenauer, iniciado nesta terça-feira, 2/9.

"Discutir a participação feminina na política é uma forma de estimular o surgimento de vocações", observou o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima, na abertura do curso. Ele destacou ainda como um dos indicadores da situação atual a dificuldade que os partidos encontram para preencher a cota de 30% que a lei manda destinar a candidatas, na disputa por cargos proporcionais.



Olhar feminino



O fato de algumas pesquisas revelarem que a sociedade confia mais na capacidade de administrar das mulheres não se reflete nas urnas, lembrou Vaz de Lima. Na Assembléia Legislativa, por exemplo, com 94 mandatos, há apenas 11 deputadas. "E o olhar feminino sobre a política é essencial para encontrarmos respostas mais adequadas aos problemas que enfrentamos", concluiu.

A deputada Célia Leão (PSDB) definiu a atividade política como "necessária e salutar, porque política é tudo aquilo em que a sociedade se movimenta". Ela reconheceu que a inserção da mulher nessa área é um processo lento, porque exige mudanças de comportamento, mas alertou: "A política, para a mulher, não é a atividade mais fácil, mas é imprescindível para que tenhamos uma sociedade de justiça".

Coordenadora de projetos da Fundação Konrad Adenauer, Aline Bruno Soares seguiu a mesma linha de raciocínio. "Somos maioria em número, mas minoria política. E sem nos capacitarmos não conseguiremos espaço na área pública", afirmou. Ela apresentou às participantes do curso um resumo histórico das transformações da democracia ao longo do tempo e da inclusão das mulheres nesse processo " um fenômeno recente, indicado, por exemplo, pelo fato de o voto feminino ter sido conquistado, pela primeira vez, apenas em 1893, na Nova Zelândia (direito que as mulheres só ganharam, nos Estados Unidos, em 1920 e no Brasil em 1932).



Troca de experiências



O presidente do ILP, Roberto Eduardo Lamari, destacou a importância da primeira parceria do instituto com a Fundação Konrad Adenauer (KAS, na sigla em alemão), na realização deste curso, com a duração de três dias e que tem como público-alvo mulheres que tenham ou pretendam ter participação política efetiva.

Criada na Alemanha, a Fundação Konrad Adenauer está presente em 68 países " no Brasil, desde 1969 " e tem como principal objetivo o fomento do diálogo entre as nações, com troca de experiências e de conhecimento especializado.

"A participação da mulher na política alemã é um pouco maior do que no Brasil, mas também não é ainda o ideal", disse Henning Suhr, assessor político da KAS. "Mas é um bom sinal o fato de que, na Alemanha, o cargo de primeiro-ministro seja ocupado atualmente por uma mulher, Angela Merkel", ele salientou.

alesp