Falta de planejamento urbano afeta o direito de ir e vir

Frente Parlamentar pela Mobilidade urbana lutará por políticas de acessibilidade e mobilidade
29/11/2011 20:54

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Convidados da Frente da Mobilidade Urbana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/MMY_4918.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Geral do Auditório<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/MMY_4852.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta terça-feira, 29/11, foi lançada a Frente Parlamentar pela Acessibilidade e Mobilidade Urbana, que tem como objetivo promover políticas de acessibilidade e mobilidade urbana sustentável, integrada ao desenvolvimento urbano, debater e envolver toda a sociedade paulista nesse movimento. Na abertura, o Hino Nacional Brasileiro foi tocado pelo músico Edson Vinicius Frias de Souza, portador da Síndrome do Pterígio Múltiplo, e, durante todo o evento, a professora de libras da Prefeitura Municipal de Jacareí, Carla Alves, fez a tradução dos discursos.

"No passado, o termo usado para referir-se às pessoas que tinham dificuldade era "inválido", mas isso não é mais aceito. Hoje a sociedade é melhor do que ontem, mas amanhã será melhor do que hoje graças ao trabalho de todos aqui", declarou o coordenador da frente, deputado Marco Aurélio (PT).

Durante sua explanação, o coordenador do setorial de Transportes e Mobilidade Urbana do PT, Evaristo Almeida, elencou alguns problemas que ferem o direito do cidadão de ir e vir na cidade em que mora, por exemplo, a falta de planejamento urbano, de ciclovias, de padronização de calçadas, e de políticas para barateamento das tarifas do transporte público no Estado. "São Paulo tem a terceira tarifa de transportes mais cara do mundo", afirmou. Almeida ainda sugeriu aceleração das obras do Metrô, implantação do bilhete único em todos os municípios do Estado e pagamento das gratuidades para o serviço guiado pela EMTU e Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado (Artesp).



Interesse geral



Como foi reforçado por todos os convidados, a questão da mobilidade urbana interessa a todos e não está restrita aos portadores de deficiência. Segundo a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, o crescimento no setor automobilístico trouxe garantia de emprego nas indústrias, mas também aumentou o caos urbano com um maior número de carros circulando, com consequências relevantes. "Para cada óbito, temos quatro pessoas com deficiência, sobreviventes de acidentes", disse Battistella.

Endossando o discurso da representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Liliane Garcez, o secretário de Administração da Prefeitura de Osasco, Paulo Fiorilo, reiterou a importância da mobilização da sociedade. "Para que possamos ter cidades acessíveis, é preciso vontade política do poder público, mas principalmente uma pressão constante por parte da população", concluiu Fiorilo.

Também estavam presentes no lançamento o presidente da Câmara Municipal de Severínia, Celso da Silva; o representante da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, Hermes da Silva; a deputada Célia Leão (PSDB); e os deputados Edinho Silva (PT), José Zico Prado (PT), Hamilton Pereira (PT), Afonso Lobato (PV), Gerson Bittencourt (PT) e Simão Pedro (PT).

alesp