As colheitas de Vagner Aniceto constituem um verdadeiro tributo à Mãe-Terra

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
07/11/2006 16:11

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Vagner Aniceto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Wagner Aniceto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Colheita de Cacau</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Wagner Aniceto-colheita de cacau.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O homem do campo, para o qual o trabalho é um rito milenar que se perpetua na sua dureza e constância, sensibilizou Vagner Aniceto, que o homenageia pintando-o em suas colheitas de café, milho, algodão, trigo, cacau, cana-de-açúcar, coco, uva, laranja e banana.

Após perscrutar no universo da natureza, com cores filtrantes e delicadas, o artista não poderia deixar de valorizar o trabalhador rural, que tece diariamente uma relação profunda com a própria natureza, um encontro de fadigas, mas também de confidente abandono.

A arte desse artista não é maneirista, mas é impregnada de significados. A técnica é refinada e a versatilidade de expressão não é ecletismo expressivo, mas a retomada de um tema fundamental que se enriqueceu através de pesquisas sempre mais aprofundadas.

Sem ser subjugado por tendências e modismos, o artista procura em si mesmo a possibilidade de renovação, sempre através de cânones e de princípios em que crê. Sua visão é simples e direta, embora no seu formalismo ela se apresente elaborada com a intervenção de uma idéia e da fantasia do pintor, que não é uma fantasia pictórica, como acontece na maioria das vezes na pintura moderna e ultramoderna, mas eminentemente poética.

Na obra Colheita de Cacau, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a principal qualidade da pintura de Vagner Aniceto é seguir uma estética clara e honesta e exprimir sua visão da natureza mediante formas e movimentos a ela adequados.

O artista

Vagner Aniceto, pseudônimo artístico de Vagner da Motta Aniceto, nasceu no Estado do Rio de Janeiro, mas reside em São Paulo desde 1978. Autodidata, desenvolve uma linha de trabalho contemporânea, onde mescla o figurativo ao moderno, buscando sua inspiração nos temas do cotidiano, nas inscrições de culturas antigas, nas marcas da terra, nas imagens do subconsciente.

Já realizou inúmeras exposições individuais e coletivas, além de ter participado de diversos salões de arte no Brasil e no exterior, destacando-se: "Luz e Cor", Galeria Rejane Mônica, São Paulo (1996); "Arte na Rampa", Prodam, São Paulo (1997); Sintra, Portugal; Salão Internacional de São Paulo; Salão do Petit Format, São Paulo; Salão de Caraguatatuba, SP (1999); Salão "Figuration Critique", Paris, França (1999 e 2000); "As 4 Estações", Gaudi Luz e Arte, São Paulo; Salão de Campos do Jordão, SP; Salão de St. Germain, São Paulo (2000); "Metrópolis", Galeria Judith Duprá, São Paulo (2002); "Santos e Arcanjos", Museu de Arte e Cultura, Caraguatatuba, SP (2003); Espaço Cultural V Centenário, São Paulo (2005); Galeria Spazio Surreale, São Paulo (2005 e 2006); e Espaço Cultural do Conselho Regional de Contabilidade, São Paulo (2006).

Participou também, como organizador e membro de júri, em salões de arte de São Paulo e do Rio de Janeiro. Suas obras encontram-se em diversos acervos oficiais e particulares, entre eles: Caixa Econômica Federal, SP; Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba, SP; Basílica de Nossa Senhora de Aparecida, Aparecida do Norte, SP; e Museu de Arte do Parlamento do Estado de São Paulo.

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