Dircéa Mountfort: vocação poética que surpreende pelo cromatismo luminoso de suas aquarelas

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
23/09/2008 15:21

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Dircéa Mountfort<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/Dircea.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Chapada dos Guimarães<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2008/DirceaOBRA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Expressão do real e do belo realizado através de traços e a intensidade da cor, a arte é também ciência que vê as coisas e estuda a essência, o conteúdo, o espírito, a vida e traz as cores à luz por instrução da mente e alegria do coração. A arte tem, pois, um papel importante também no progresso da humanidade e na verdadeira civilização.

A difícil arte de pintar com aquarela encontra em Dircéa Mountfort uma artista hábil que opera nessa maravilhosa diretriz de elevação humana. Poeta da cor e pintora musical a artista trata a aquarela com elegância e plasticidade, o imediatismo do estilo, a rica e criadora modulação cromática e o lirismo em que toda a sua obra é envolvida são suas características, que do realismo tradicional a um certo gesto de impostação moderna que a caracteriza e a distingue. A luz banha a paisagem, as árvores, as flores, os frutos e as revela.

O domínio cromático de Dircéa Mountfourt é surpreendente, de modo especial a vastíssima a gama de verdes e azuis dos céus e das colinas de suas obras elaboradas com tons sublimes de uma palheta preciosa. Suas paisagens, suas florestas e suas arvores, referências topográficas precisas, são na distância do tempo reencontradas na memória e confiadas ao papel, seja para satisfazer uma exigência representativa, como também para seguir uma vocação de ordem poética.



Nas aquarelas "Chapada dos Guimarães" e "Bacaba-de-leque", obras doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o discurso desta artista não necessita de muitas palavras, pois, se faz entender facilmente com a luz e a poesia de uma pintura que convence sem intelectualismo maneiroso.



A Artista



Dircéa Mountfort, pseudônimo artístico de Dircéa Alves Mountfort, nasceu em Sete Lagoas, MG, em 1941. Graduou-se em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-graduação em história. Autodidata, iniciou sua carreira artística em 1970, em Curitiba, pintando em óleo sobre tela.



Transferindo-se para São Paulo nos anos 90, participou de diversos cursos no Paço das Artes, no Museu de Arte Contemporânea, no Atelier Xilos e Metais e na Organização Paulista de Artes, onde teve a oportunidade de aprender novas técnicas estagiando com Cezira Carpanezzi, Betito, Ida Zami e Aldemir Martins, além de desenvolver seus conhecimentos em história da arte e crítica de arte.



A dificuldade técnica estimulou-a a aprender aquarela com a artista Sylvia Fairbanks, vindo a se tornar hiperrealista, estilo que desenvolve até hoje. Em 1996 ocorreu sua primeira apresentação pública com obras em aquarela. A partir de 1997, esteve presente em grandes salões como o Salão Paulista de Belas Artes onde foi premiada.

Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, com destaque em Paris, Beirute, Nova York e Lisboa. Recebeu diversos prêmios no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul e em Lisboa.

A partir de 1998 foi selecionada anualmente para o Anuário de Artes Plásticas de Júlio Louzada e atualmente é conselheira da Associação Paulista de Belas Artes atuando como jurada nos salões da capital e do interior de São Paulo.

Suas obras encontram-se em coleções particulares em Paris, Londres, México, Holanda, Hungria, Dinamarca, Itália, Japão e Estados Unidos e nos acervos do Museu da Bienal de Campo Grande, MS, Museu de Artes de Ribeirão Preto, Pinacoteca de Vinhedo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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