Presentes à audiência pública realizada nesta sexta-feira, 25/11, servidores técnicos e administrativos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apresentaram dados relativos ao orçamento das três universidades paulistas para justificar a demanda por aumento salarial que equipare seus salários aos da Universidade de São Paulo (USP). A isonomia salarial com os trabalhadores da USP é a principal reivindicação da greve iniciada em outubro e que já dura 38 dias. "Os próprios reitores firmaram compromisso de aumentar salários quando houver aumento de arrecadação", explicou Felipe Cardoso, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), referindo-se à deliberação do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), em 1991, que trata da manutenção da isonomia salarial nas universidades estaduais paulistas como instrumento indispensável para o equilíbrio do sistema público universitário. Ele informou que no caso dos docentes, a isonomia já acontece. A entidade que representa os professores, Associação dos Docentes da Unicamp, esteve representada no encontro pelo diretor Paulo Cesar Centoducatte, para quem o reitor não pode mais "dar as costas às necessidades da comunidade acadêmica". Para Carlos Giannazi (PSOL), que solicitou a audiência pública para discutir os problemas relativos à Unicamp, as negativas por parte do reitor Fernando Ferreira Costa de receber os representantes dos trabalhadores e de estabelecer processo de negociação são preocupantes. "O reitor deve cumprir as determinações da Constituição brasileira e realizar a gestão democrática da universidade. Precisa respeitar todos os segmentos da comunidade acadêmica e valorizar os servidores que garantem o funcionamento cotidiano da Unicamp", afirmou Giannazi. O deputado pretende que a Assembleia Legislativa participe dos esforços para que a negociação com os trabalhadores seja aberta. (MS)