Helena Donzeli sintetiza expressões e sentimentos em seus painéis escultóricos

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
22/01/2007 17:14

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Helena Polon Donzeli<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Helena Donzeli.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Espelho do Mar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Helena DonzeliEspelhodomar.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A obra artística de Helena Donzeli encontra sua razão de ser à medida que nos aprofundamos na análise dessas singulares estruturas, a meio caminho entre pintura e escultura, colocadas numa vastíssima área das mais atualizadas técnicas dos últimos vinte anos.

A artista cria suas obras com naturalidade e instinto, fazendo-se intérprete dos impulsos e da problemática da sociedade moderna, sentidos através de suas experiências de vida, sem seguir modismos ou específicas correntes artísticas.

Em suas obras estão presentes todos os cânones da arte contemporânea, mas o elemento inovador consiste na natural integração entre pintura e relevo escultóreo, que advém de misteriosas associações dinamizadas pela presença de seqüências escultóricas e da modulação de efeitos cromáticos sob um rico tecido figurativo.

Aliás, sua linha figurativa é capaz de síntese. Os seus vazios, traços e entalhes, que enriquecem a chapa de aço, apresentam um método que desenvolve, com os meios utilizados, um discurso coerente e tendente a aprofundar a visão.

Consciente da herança da vanguarda, a escultura de Helena Donzeli não se desenvolve em módulo exclusivamente ortodoxo, prova disso são os painéis que cria paralelamente às suas esculturas figurativas. Eles constituem a síntese de expressões e de sentimentos. Os materiais usados possuem uma particular vibração, que vai além dos significados dos estímulos visuais.

Na obra Espelho do Mar, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a escultora demonstra estar empenhada em sentir as coisas na sua realidade natural e através de sua intuição pessoal alcança uma linguagem essencial.

A artista

Helena Polon Donzeli nasceu em Ribeirão Preto, São Paulo, em 1946. Formou-se em Artes Plásticas pela PUC, em 1977. Freqüentou ateliers de pintura a óleo, aquarela e pintura em cerâmica.

Realizou cursos de especialização de escultura em argila, bronze e pedra sabão; objetos e escultura em vidro; talho em mármore em Lisboa, Portugal; de sistematização da Imagem Tridimensional e Arte Conceitual (Instalação), usando materiais como: ferro, bronze, cerâmica, vidro etc.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se, entre elas: Senac (1978); Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto, SP (1987); Galeria do Atelier Giglio, Campinas, SP (1988); Salão Artistas pela Paz, Mogi-Guaçu, SP; Salão Cultural de Limeira, SP, e "Artistas pela Paz", Museu de Arte Contemporânea, Campinas, SP (1991); Sociedade Hípica de Campinas; Atelier do Artista, Campinas, SP; Galeria Trípoli (1993); VII Salão de Artes Plásticas, Mogi Mirim, SP (1994 e 2003); III Sudicon, Salão de Arte Contemporânea, Campinas, SP; Tênis Clube de Campinas (1994); Centro de Convivência Cultural, Presépios 95, Campinas, SP; Salão Francisco Cimino, Arte Contemporânea, Amparo, SP (1995 e 2003); Espaço Cultural Caixa Econômica Federal, Campinas, SP (1995); "Formas e Linguagem", Galeria Engenho Cultural, Piracicaba, SP; Centro Cultural Municipal, Araras, SP; Mostra Internacional de Arte Postal, Sesc, Bertioga, SP (1997); Bienal Internacional de Prestígio, The Best, Lisboa, Portugal; "Coletiva de Pintura e Escultura", Galeria Pirâmide, Lisboa, Portugal; "Instintiva", Teatro Municipal de São João da Boa Vista, SP; Galeria Coelho Mendes em Itu, SP; "Galeria Arte e Oficina", Setúbal, Portugal (1998); Galeria Solar do Rosário, Curitiba, PR; "Determinação - Teu nome é mulher", Dia Internacional da Mulher, Galeria Shopping, Campinas, SP (1999); "Formas Indeléveis", Galeria da EMERJ, Rio de Janeiro (2000); Semana da Arte Anglo, Valinhos, SP; IV Semana Fernando Furlanetto, São João da Boa Vista, SP (2001); Salão de Artes da Primavera de Itu, SP (2002); Sindicon Art, Campinas, SP (2003); "Dia Internacional da Mulher", Espaço Cultural V Centenário da Assembléia Legislativa de São Paulo (2004).

Recebeu numerosos prêmios, medalhas de ouro, prata e bronze e, em 2002, foi homenageada com a medalha Carlos Gomes, instituída pela Câmara Municipal de Campinas, SP. Possui vários trabalhos em coleções particulares no Estados Unidos, Suíça e Portugal e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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