Na manhã desta quinta-feira, 12/5, data da comemoração do 56º aniversário do policiamento feminino na Polícia Militar, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Barros Munhoz, recebeu do governador Geraldo Alckmin, proposta que deverá ser votada pela Assembleia paulista e unifica os quadros feminino e masculino da Polícia Militar. O objetivo da unificação é igualar o tratamento dos seus policiais. Em evento comemorativo realizado no quartel do Comando Geral da PM, no bairro paulistano da Luz, Barros Munhoz e Alckmin foram unânimes em declarar que as mulheres são responsáveis por trazer uma dose maior de sensibilidade e garra à Polícia Militar paulista. Segundo o presidente da Assembleia, "já não fazia mais sentido essa separação, uma vez que o quadro único será mais verdadeiro e eficaz, por trazer para dentro da polícia um reflexo da sociedade atual." Mulheres e homens da PM poderão ter as mesmas atribuições São Paulo foi pioneiro, no Brasil e na América Latina, a ter um corpo feminino de policiais. Antes da mudança proposta, os serviços prestados pelas mulheres na PM eram focados na segurança de mulheres, menores de idade e pessoas que necessitam de tratamento especial, como deficientes físicos, por exemplo. A partir da promulgação da lei, as mulheres realizarão os mesmos trabalhos desempenhados pelos homens da corporação. A única separação será nas situações de revista: os policiais masculinos revistam homens e as policiais femininas revistam mulheres, respeitadas as diferenças e peculiaridades físicas de cada um. O Estado de São Paulo conta, atualmente, com 17.899 mulheres nas polícias Militar, Civil e Técnico-Científica. Na Polícia Militar, são 8.520 mulheres, que atuam em todos os comandos de policiamento de área e batalhões. A corporação conta com 335 mulheres no cargo de oficiais e outras 8.185 praças. "Tudo o que valoriza a mulher deve ser levado em consideração", enfatizou Munhoz, ao término da cerimônia.