Da concepção e da função do movimento nascem, nas esculturas de Elizabeth Rudge, volumes sóbrios onde é evidente a tensão firme do traço e da superfície encurvada.Para sua inspiração, a artista apela para a natureza, o vento e o movimento das mãos. Ela busca uma fervorosa exploração do interior da matéria e da forma. Com clareza, harmonia e firmeza equilibrada se mantém fiel à relação entre a natureza e o ser humano.O principal valor de sua obra está na capacidade de Elizabeth Rudge de, por intermédio de suas formas e de sua técnica, trazer à tona o mistério da vida escondido num bloco de terracota, de mármore ou de resina.O problema da abstração absoluta e, ao mesmo tempo, o do movimento se constituem também temas preponderantes dessa escultora, cuja obra, de aparente simplicidade, revela nobreza de estilo e um admirável elo entre o homem e a paisagem que o envolve.Na obra "Cidade São Paulo", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, o esforço de Elizabeth Rudge foi o de verificar e restituir no movimento, na mutação, na transformação e na relação aquelas que poderiam se definir "as certezas essenciais de uma antropologia urbana".A ArtistaElizabeth Rudge, pseudônimo artístico de Elizabeth Mori Rudge Castilho, nasceu em São Paulo em 1947. Cursou o Colégio Santa Amália e formou-se em Direito pela Universidade de Bragança Paulista (1967) e pela Faculdade de Administração de Empresas da FMU (1971).Freqüentou os cursos de história da arte no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, com a professora Maria Helena (1990 a 1991) e com o professor Antonio Santoro (1990); pintura com o artista Ernesto Boccara; escultura na Fundação Armando Álvares Penteado, com o professor Rafael Rodrigues, e no Museu de Escultura de São Paulo com os professores Carlos Arias e Giuliana Pedrazza.Participou das seguintes exposições: "País Tropical", Galpão das Artes, SP (1997); Atelier D"Art, Paris, França (1999); Espaço Cultural Rosacruz Amorc, SP (2002); XVII Mostra de Arte Granja Viana, SP; IX Concurso de Arte Livre Saint Germain, SP; Espaço Cultural Hilton, SP; Espaço Cultural Infraero em parceria com a Galeria Spazio Surreale, SP (2003); Memorial da América Latina e Biblioteca Alceu de Amoroso Lima, SP; Casa da Fazenda do Morumbi, SP; Arte Aplicada, SP; Galeria Angela Borgo, ES (2003 e 2004).Sua obra está catalogada no livro "São Paulo 450 Anos", do Instituto Biográfico do Brasil e no livro "Itália Brasil, Arte 2005". Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais como o Acervo Artístico da Assembléia Legislativa de São Paulo.