Museu de Arte - Maria dos Anjos busca nossas origens e devolve com encanto as imagens da história passada


14/10/2009 14:24

Compartilhar:

 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/MARIA DOS ANJOS.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/MANJOS02MAU_0299.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/MANJOS01MAU_0305.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A arte de Maria dos Anjos tem uma relação constante com a terra que a viu nascer e a que a acolheu. Nela vive com uma fidelidade ímpar, com o olhar sobre os temas que provocam a sua inspiração e têm o humilde aspecto de uma história íntima e secreta.

A pintora encontra-se entre as memórias de seus antepassados, grandes descobridores e navegadores, através daquela metamorfose, onde reconhecemos os elementos simbólicos, gráficos e pictóricos, dominantes na sua arte: torres , castelos, caravelas , peixes e bandeiras.

Não podemos imaginar essa artista fora do ambiente recriado de sua fantasia com os contornos austeros do silêncio e da solidão, longe das casas camponesas de seu Portugal querido.

Com efeito, de há muito, Maria dos Anjos escava nesse mundo ancestral, quase para voltar às origens e ao significado mais real de certas formas que podem parecer pouco comuns. Os sonhos da artista nascem de contemplações, que a solidão sugere, de eventos históricos passados como as grandes viagens, a descoberta da Terra de Santa Cruz. Tudo isso transmitido através de um cromatismo forte, diversificado e de bom equilíbrio.

Não há dúvida que encontramos em sua arte, além de uma fantasia próxima dos afrescos rupestres, o vital sentimento de amor à história. A sua respiração anima inúmeras vezes a fantasia do pintor e a habilidade do poeta que, das terras lusitanas às praias de Porto Seguro, encontrou um próprio mundo ideal, a ser reconstituído no presente com apaixonada realidade.

"Mares navegados 1 e 2", obras doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, fazem parte de uma série de quadros elaborados pela artista para homenagear os 500 anos do descobrimento do Brasil. Nela percorre, com ânimo e com cultura moderna, o caminho de nossas origens, devolvendo às imagens de uma história passada a luz de um sonho vivido através do tempo e tornado realidade através do encanto da arte.



A artista



Maria dos Anjos, pseudônimo artístico de Maria dos Anjos A. M. de Oliveira, nasceu em Nisa - Portugal. Juntamente com sua família mudou-se, em 1959, para o Brasil, onde formou-se em artes plásticas pela Faculdade Paulista de Belas Artes e em Museologia pela FAAP - Faculdade Armando Álvares Penteado.

Desde criança esboçava seus primeiros desenhos e somente aos 25 anos iniciou-se na carreira profissional, participando de várias mostras coletivas e conquistando diversos prêmios de aquisição, medalhas de bronze , prata e ouro.

Em 1986, a convite da Secretaria de Estado da Cultura, representa o Brasil no projeto Arte Brasileira no Museu de Arte de Taipei, Taiwan. Em 1987, realizou diversas exposições individuais: na Galeria Multiarte, em São Caetano do Sul; Espaço Cultural do Alcalá Plaza Hotel, em Campos do Jordão; e no Espaço Cultural Sambra, em São Paulo.

Participou, em 1988, do projeto Arco Latino na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e da Casa dos Crivos, em Braga (Portugal). Nesse mesmo ano participou, como artista convidada, da primeira exposição Brasil-China, em Pequim. Em 1989, realizou uma mostra individual de aquarelas e da mostra Tendências, no centro Sesi, em São Paulo.

Nos anos de 1991 e 1992, visita o Japão, onde estuda técnicas variadas do papel artesanal e a arte do Sumiê; expõe na Yamaki Art Galerry, em Osaka; na Daimaru Art Gallery, em Shizuoka; na Sogem Art Gallery e na Shinobazu Gallery, em Tókio. Ministrou um curso sobre Luz e Cor na Faculdade de Belas Artes de Osaka. Participou ainda de exposições na galeria Moira, em Portugal, e do Museu de Arte Contemporânea de Campinas. Coordenou e integrou, em 1993, o projeto Portugal-Japão, que sob o título "Mares Navegados" reuniu cinqüenta artistas contemporâneos no Museu de Arte Brasileira em São Paulo.

Outras exposições: Espaço Cultural Alpharrábio, Santo André; Espaço Cultural Cristiano Stockler das Neves, São Paulo (1994), Galeria Barata, Lisboa; Instituto Brasileiro de Cultura, Quito - Equador (1998). Galeria Majestic no Porto - Portugal, também participou da coletiva "Dualidade" na Cidade do México (1999).

No ano 2000, viajou para a Índia a fim de estudar novas técnicas de papel, e participou da mostra "Unfolding Paper II" na Embaixada do Brasil em Nova Delhi. Nesse mesmo ano expõe na FUNARTE em São Paulo, e em Povoa de Varzim (Portugal). Seus trabalhos integram coleções oficiais e particulares de Portugal, França, Alemanha, Estados Unidos, Brasil, Argentina, Equador, México, China, Japão e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp