Imaginação, técnica e cromatismo constituem o timbre original da pintura de Sakuko Miyashita


18/02/2008 09:15

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Sakuko Miyashita<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Sakuko Miyashita.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cafezal no Vale Mineiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Cafezal no Vale Mineiro.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Antes do plantio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Antes do plantio.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Fiel ao seu temperamento simples e sensível, que foge de tudo o que é intelectualístico, Sakuko Miyashita é uma pintora instintiva. Em suas telas existe algo de impetuoso, de incontrolado, de original, no qual a imaginação cria um clima todo particular.

Por meio de um caráter vigoroso, a artista confia deliberadamente às cores seu modo peculiar de contar a paisagem, que pinta com fortes tonalidades. A construção incorpora a estrutura da obra, e as contradições, que no caso específico resultarem necessárias, são o próprio espírito da imaginação.

Sua pincelada " generosa e densa " torna-se cor, o objeto, símbolo, a paisagem, protagonista de uma espontânea contraposição entre paisagem e cena onde se sobressaem os detalhes. Nas nuances cromáticas, a artista se exprime com toque livre.

Suas telas adquirem uma característica pessoal, a sua narração se dilui nessas cores de forte graduação e consistentes na execução, que fazem reviver a imagem inicial em múltiplas variações absolutamente livres. Não há dúvida de que é esta a fusão técnica e de conteúdo que constitui o timbre original da pintura de Sakuko Miyashita.

Tanto em Cafezal em vale mineiro quanto em Antes do plantio, obras doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a artista, amante da natureza na sua divina realidade, sabe transfigurá-la segundo sua realidade interior. Vales, campos, riachos, flores do Brasil e os próprios fundos evanescentes promovem uma realidade ilusória que se dilata na luz e na névoa, colocando em evidência contrastes ambientais e eficazes transfigurações da natureza.





A artista

Sakuko Miyashita nasceu em Mirai, Japão, em 1947. Desde muito jovem, paralelamente a seus estudos básicos, interessou-se pelo desenho e pela pintura. Transferiu-se para o Brasil em 1974, instalando residência e ateliê em São Paulo.

Sua primeira mostra foi em 1980, no 1° Salão Nacional de Cubatão, SP. Esteve presente, a seguir, no 9°, 12°, 13°, 14°, 15°, 16°, 17°, 18°, 20°, 21°, 22°, 26°, 27°, 28° Salão de Artes Plásticas Bunkyo, em São Paulo (1980, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1997, 1998 e 1999); 48°, 49°, 50°, 51°, 52°, 53° e 54° Salão Paulista de Belas-Artes, SP (1985, 1987, 1988, 2000, 2001 e 2002); participou ainda dos 5°, 6° e 7° Art Mirai Exhibition, Japão (2000, 2001 e 2002).

Entre os vários prêmios que recebeu, devemos destacar a menção honrosa, prêmio revelação, medalhas de bronze, prata e medalha de ouro nos diversos Salões de Artes Plásticas Bunkyo, além do prêmio especial no Art Mirai Exhibition, no Japão, e as medalhas de bronze dos Salões Paulistas de Belas-Artes.

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