Dos 37 artistas selecionados para participar da Bienal Internacional de Roma de 2008, cinco, cujas obras encontram se no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, foram premiados no evento romano.

Os prêmios foram entregues nesta segunda-feira, nos Salões do Castelo de Sant" Ângelo, na capital romana, à senhora Lívia Bucci, representante da Bienal Internacional de Roma no Brasil.

Foram os seguintes os laureados: 1º prêmio, Concetta Espósito; 2º prêmio, Rodrigues Coelho; 3º prêmio, Sueli Dabus; 4º prêmio, Suzana Garcia; 5º prêmio, Nequitz Miguel.

Vale salientar que, no decorrer do presente ano, uma exposição com obras dos dez artistas internacionais premiados na Bienal Internacional de Roma será apresentada no Espaço Cultural V Centenário, no Palácio 9 de Julho.

Esse intercâmbio é resultado de uma troca de correspondência entre o professor Giuseppe Chiovaro, presidente daquela bienal, e o deputado Vaz de Lima, presidente do Legislativo paulista.

Chiovaro destacou em seu discurso, por ocasião da entrega dos prêmios, a importante participação brasileira e disse que acompanha com vivo interesse as várias manifestações culturais iniciadas com a criação do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, que também considera como único do gênero do mundo.

A participação brasileira incluiu os seguintes artistas: Arlete Coleto, Cássia Soares, Cecília Braun, Célia Rachel, Cida Vale, Concetta Espósito, Eliana Terra, Helena Kazue Nakai, La Greca, Loiva Biff, Marcos Irine, Matilde Toledo, Neiva Passuelo, Nequitz Miguel, Neura Costa, Raphael Murió, Rodrigues Coelho, Silvana Panela, Suzana Garcia, Vagner Aniceto e Vera Bonatti; os escultores Belmiro Baio, Deise Mazziotti, Margarida Barroso, Marilda Dib, Rosina D"Angina, Sara Nach e Vera Lavor; e pela primeira vez os fotógrafos Ana Lúcia Mariz, Cláudio Elizabetsky, Fernando Bueno, Johnny, Klaus Mitteldorf, Manuk Poladian, Marcio Scavone, Sergio Valle Duarte e Willy Biondani.



Concetta Espósito

A figura humana assume uma particular identidade reveladora de um traço preciso do retrato, de um vulto autêntico que se tornou uma aquisição técnica de espaços, volumes e formas em área tridimensional quase escultórica.



Rodrigues Coelho

Suas experiências materiais se multiplicam: usa a cor diluída, a dispõe em amplas extensões transparentes, para depois trabalhar sobre a própria matéria. Em suas obras, o artista confere às figuras humanas um valor de integral transfiguração, em que o abstrato e o figurativo se amalgamam de maneira sublime e etérea.



Sueli Dabus

O tema central de seus quadros, geralmente constituído de flores, aparece quase sempre levemente desfocado pelo relevo e pela cor. As subjetivações que Sueli Dabus transmite são inspiradas pela natureza de um mundo idealizado e surreal.



Suzana Garcia

A artista deseja manter com o espectador uma relação viva e direta. Seu desenho cavado retalha o contorno das imagens, dando-lhes uma estrutura incisiva, enquanto sua pintura, bastante monocromática, segue uma linha expressionista, na qual a própria estrutura eloqüente constitui uma metáfora do sentimento.



Nequitz Miguel

Sua linguagem pictórica fascina pelos tons das cores, pela gama e pela eficiência comunicativa. A artista possui a virtude de elevar o que representa além dos limites da pintura de gênero, para alçá-la a uma participação espiritual.