Ato em apoio a Protógenes Queiroz


17/06/2009 17:46

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Ato em apoio a Protógenes Queiroz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2009/PROTOGENES.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com o auditório Teotônio Vilela lotado de estudantes, professores, servidores públicos, sindicalistas e representantes de entidades da sociedade civil, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz participou, na noite do dia 15/6 na Assembleia Legislativa, de um ato de solidariedade ao seu nome e de um debate sobre a corrupção no Brasil. O evento foi organizado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL).

Principal responsável pelas investigações da PF na Operação Satiagraha, que resultou nas prisões do banqueiro Daniel Dantas, do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e do investidor Naji Nahas, Protógenes dividiu a mesa com os delegados da Polícia Civil Sérgio Marcos Roque, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), e José Martins Leal, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP). Além deles e do deputado, tiveram assento o membro da executiva nacional do PSOL Roberto Robaina, que representou no encontro a deputada federal Luciana Genro, e Mauricio Costa, do movimento social de cursinhos populares (rede Emancipa).



Contribuição ética



Giannazi afirmou que a ação do delegado nesta e em outras operações de que ele participou é uma contribuição inquestionável de ética e lisura aos brasileiros. Ele reiterou que a mídia e setores políticos do governo federal tentaram, de todo modo, desqualificar e acabar com a carreira desse servidor público. "A atuação do delegado Protógenes Queiroz mostrou que é possível se fazer uma investigação de qualidade no Brasil e que, quando se quer trabalhar com ética e responsabilidade, mesmo que tal trabalho resulte em desmandos, a população sabe reconhecer o valor disso. Não é exagero algum, para um país como o nosso, ter o delegado como herói nacional, ao invés de tê-lo, como muitos querem, como um perseguido e passível de punição".

Os membros da mesa, no conjunto dos pronunciamentos, disseram que a mesma corrupção endêmica que assola a nação não pega em muitos políticos e outros tantos servidores que honram o cargo público que ocupam. O trabalho do delegado também foi lembrado pela prisão do ex-governador e atual deputado federal Paulo Maluf " que ficou encarcerado por 40 dias na Polícia Federal " e de seu filho, pelo desmantelamento das máfias chinesa e russa ramificadas no país e pela prisão do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, entre outras ações.



Dentro da lei



O delegado da PF iniciou sua fala se solidarizando com uma assembleia de estudantes e funcionários que, na mesma hora, acontecia na USP. Prosseguindo, ele chamou a atenção sobre o que seus críticos chamam de "fábrica de escândalos", dizendo que quando há documentos e investigações comprovando "acordos nefastos" não há como não condenar os envolvidos. Em seguida, Protógenes fez uma alusão ao pacto republicano assinado há meses pelos Três Poderes da República, considerando-o inócuo. "Que momento político trágico estamos vivendo hoje no Brasil", desabafou.

Por fim, a plateia fez uso da palavra para manifestações, muitas delas em apoio ao delegado. Na iminência de ser excluído dos quadros da PF, como ele mesmo noticiou, Protógenes foi aplaudido no final e recebeu congratulações por seu trabalho na Polícia Federal.

alesp