São Paulo acredita na realização do jogo de abertura da Copa 2014

Seminário Copa 2014
10/02/2010 20:32

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Caio Luiz de Carvalho, Pedro Bigardi e Vicente Cândido <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2010/COPA2014caio luiz de carvalho.deps bigardi e candido12ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2010/COPA2014caio luiz decarvalho06ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em apresentação realizada nesta terça-feira, 9/2, em Zurique, a Fifa considerou o estádio do Morumbi apto a realizar jogos das semifinais do evento



O segundo tempo do seminário da Copa 2014, coordenado pelo deputado Pedro Bigardi (PCdoB), teve como primeiro palestrante o presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho, que discorreu sobre "A Copa 2014 para o turismo de São Paulo".

Antes de falar sobre o tema, Carvalho elogiou a iniciativa da Comissão de Esportes e Turismo e antecipou que o novo projeto de reforma do Estádio do Morumbi, apresentado nesta terça-feira, 9/2, em Zurique, Suíça, impressionou os representantes da Fifa, que consideram o estádio apto a realizar os jogos das semifinais da Copa 2014. "Até ontem ficamos com as semifinais. Mas acreditamos que o jogo de abertura será em São Paulo." Para um estádio que, inicialmente, era desacreditado, Carvalho considerou a nova determinação uma grande vantagem para o Estado.



Grande negócio



Para o representante da São Paulo Turismo, a Copa trará também um incremento nos negócios nas cidades que não sediarão jogos. Isso porque o fluxo de turistas no Brasil aumentará em 600 mil pessoas, e muitas delas não conseguirão assento nos estádios.

Conforme Carvalho, a Copa de 2006, na Alemanha, reuniu cerca de dois milhões de turistas que se dirigiram ao evento de bicicleta, de trem ou ônibus, mas a cidade que mais recebeu turistas não sediou nenhum jogo: Frankfurt.

O segredo de Frankfurt foi realizar diversos eventos relacionados à Copa. "Cerca de sete, oito meses antes dos jogos as cidades-sedes começam a receber turistas." Daqui para frente isso também poderá ser observado nos estádios de futebol. De acordo com Caio Luiz, as pessoas se sentirão motivadas a acompanhar ainda mais de perto o esporte.



Investimentos



A questão do transporte é um dos grandes legados de eventos desse porte. Em São Paulo, o governo do Estado investirá cerca de R$ 33,6 bilhões, que serão distribuídos na modernização de estações de trem, ampliação de linhas do Metrô, prolongamento de avenidas e adequações viárias. No total são 19 projetos, que gerarão mais de 270 mil empregos diretos.

Além de um estádio que esteja de acordo com as determinações dos organismos internacionais, as cidades-sedes devem ter 40 mil quartos de hotel (São Paulo tem 42 mil), 17 hospitais com credibilidade internacional (São Paulo tem dois que estão acostumados a prestar atendimentos a grandes eventos esportivos), ampla rede de entretenimento e 32 mil táxis.

Os investimentos na capacitação dos prestadores de serviços também foi destacado pelo palestrante. Segundo ele, mil taxistas já fizeram cursos de inglês e espanhol para melhor atender seus passageiros.



Alerta



Apesar da necessidade de readequação de obras e de investimentos necessários e essenciais, Caio Carvalho enfatiza que é preciso ter cautela. Do contrário, em vez de grandes legados ficam muitos elefantes brancos e dívidas. "Todos juntos devemos trabalhar para que as coisas aconteçam, mas devemos trabalhar no limite da responsabilidade e com os pés no chão", ressaltou o palestrante.

alesp