O lírico cromatismo de Maria Gilka: transposição direta do fluxo de sensações

Acervo Artístico
03/05/2005 15:00

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Maria Gilka, pseudônimo artístico de Maria Gilka Bastos da Cunha<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Maria Gilka.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Maria Gilka é uma artista que não se abandona a fantásticas visões. Objetiva o seu problema de ser e de existir a fim de que sua obra não se torne um simples episódio de sua vida artística, mas seja uma presença concreta no mundo de hoje, empenhada ainda na representação de sentimentos coletivos.

Para nos confirmar a autonomia de sua pesquisa basta o cromatismo que sente internamente. Sobre fortes e diversificadas tonalidades de vermelho, amarelo, laranja e ocre, a artista sabe combinar as cores ordenadamente, na justa dosagem e com gosto musical.

Deste modo, a cor assume liricamente o maior peso expressivo de sua pintura, transformando o quadro num "momento" musical de grande intensidade emotiva. A beleza e a sonoridade de certas cores puras parecem transferir na tela a magnitude e o esplendor do tema enfocado.

Assim como o desenho que possui uma sua peculiar característica, o tecido cromático de Maria Gilka assume uma sua precisa função totalmente dirigida para ressaltar a acentuação dos sentimentos. O que conta para a artista é a maneira com a qual diz o que sente, numa transposição direta e imediata sem diafragmas que possam interromper o fluxo das sensações.

Na obra "Primavera", prêmio de aquisição da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no 51º Salão Paulista de Belas Artes, a pintora observa uma tradição figurativa e transmite em suas telas beleza estética e formal, além de uma profunda força criativa.



A Artista

Maria Gilka, pseudônimo artístico de Maria Gilka Bastos da Cunha, nasceu em São Paulo, em 1934. Formou-se em magistério na Escola Normal Nossa Senhora de Sion e em direito pela Universidade Mackenzie. Atualmente preside a Associação para Resgatar as Belas Artes e a Moral, recentemente formada em São Paulo.

Seu primeiro contato com a pintura foi no atelier de Armando Sendín, onde estudou cerâmica e pintura em porcelana e posteriormente com Mário Watanabe. Freqüentou ainda cursos com Jane Blunberg, Salvador Rodrigues Jr., A. Castellane, Fajardo, Dalton de Lucca, Ermelindo Nardin, no Museu Lazar Segal, no Paço das Artes e na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

A partir de 1976 participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, com destaque no I , II e III Salão da Sociedade Paulista de Belas Artes (1976, 1978 e 1985); XIV Salão de Arte de Itapetininga, SP (1978); I Salão de Artes Plásticas de Bauru, SP; II Salão de São João do Merit, SP; Associação Brasileira de Desenho e Visuais, RJ; III Salão da Primavera, RJ; XXVII Salão de Piracicaba, SP e Salão Oficial de Juiz de Fora, MG (1979); IV Salão Arquidiocesano de Artes, 44º, 45º, 46º, 48º, 50º, 51º e 52º Salão Paulista de Belas Artes (1980, 1981, 1983, 1985, 1988, 2000 e 2001); Salão Nacional Pablo Picasso; XVII Salão Feminino de Belas Artes; Salão Lauro Gomes, Santo André, SP; V e VII Salão de Artes de Amparo, SP (1981 e 1988); VIII Salão Feminino, Sociedade Brasileira de Belas Artes; Mostra de Arte Século XX, Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais, RJ (1982); Centro Internacional de Arte Contemporânea, Paris, França; IV Salão da Academia Paulista; Salão do Casario, UNAP, RJ (1983); Mostra Brasileira de Arte Expofair, Lisboa, Portugal (1984); Clube Alto de Pinheiros,; Galeria do Sesi, Dez Pintores (1986); VI Salão de Belas Artes de Franca SP (1988); Ripasa e Sociarte em Americana; Pinacoteca de Amparo SP; Espaço Cultural Alberto Frediani; IX e X Salão da Faculdade São Judas Tadeu, SP (1990 e 1990); VI, VII, IX X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII e XIX Sociarte, SP (1986, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 e 2000); III Museu de Arte Sacra, Embu, SP; Casa da Cultura de Joinville, SC (1991); Clube Monte Líbano, SP (1992); Espaço Cultural Caixa Econômica Federal (1992; 1993, 1994, 1995 e 1997); Espaço Cultural Shopping Butantã, SP; Escola Panamericana de Arte, SP; Colégio São Luiz, SP; Museu de Arte Sacra, Embú (1994); Spazio Pirandelo, SP (1996); Museu de Arte São Paulo (1997 e 1999); 1º Salão Oficial da Cidade de São Paulo (1999).

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