DA REDAÇÃOCentenas de professores estiveram na Assembléia Legislativa nesta quinta-feira, 13/6, para exigir dos deputados estaduais a aprovação de diversas matérias de interesse da categoria em tramitação no Poder Legislativo. A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) visando, sobretudo, o substitutivo apresentado pelo sindicato ao Projeto de lei do Executivo que institui reajuste de 5% para o magistério. A proposta dos professores fixa o piso salarial em uma patamar equivalente ao do Dieese (R$ 1.091,21), incorpora gratificações e prêmio de valorização do magistério ao salário-base e estabelece a elevação do teto máximo de forma que possíveis reajustes salariais não impliquem perda do direito ao tíquete-refeição.Também estão do rol das matérias defendidas pela Apeoesp os projetos de lei 10/2002 e 11/2002, que tratam dos bônus gestão e mérito para o magistério; 444/1997, que institui o número máximo de 35 alunos por sala de aula na rede estadual de ensino; 428/2001, propondo a constituição de uma comissão de trabalho encarregada de debater com o governo o funcionamento da progressão continuada no Estado; 790/99, que torna obrigatório o ensino de Sociologia e Filosofia nos estabelecimentos de ensino médio, e 701/1999, que altera a organização dos tempos escolares, instituindo o número mínimo de horas-aulas diárias no ensino público.Processo"Tais matérias estão relacionadas aos principais pontos de nossa pauta de reivindicação, base da campanha em defesa da escola pública, por melhores condições de trabalho, emprego e salário digno que vimos desenvolvendo em todo o Estado de São Paulo", diz a nota distribuída pelo sindicato e assinada pela presidente da entidade, Maria Izabel Azevedo Noronha.Os professores também pediram o apoio dos deputados à causa dos 35 colegas processados por falso testemunho pela Procuradoria Geral do Estado, em conseqüência da posição assumida por eles nos episódios de 1º de junho de 2000, quando o então governador Mario Covas foi enfrentado pelos professores acampados em frente à Secretaria da Educação, na praça da República. Na ocasião, os réus depuseram em favor de quatro manifestantes presos por agressão.