Acervo Artístico

Maria Lúcia Panicucci transfere para a tela um testemunho que depassa a realidade
07/03/2003 18:38

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Maria Lúcia Panicucci...<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/MLucia070303.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Emanuel von Lauenstein Massarani



Longe de um certo manierismo artificial e meloso, a artista Maria Lúcia Panicucci está enquadrada numa sadia pintura impressionística. Trata-se com efeito de uma pintura sincera que espelha a mais franca e imediata emulsão do ser humano em contato com a natureza de sua cidade.



Autêntica artista, possui aqueles dotes inatos para continuar e desenvolver um "seu discurso", nascido de urgências ditadas pelo subconsciente qual um canto saudoso, repleto de amor, mas também de esperança.



Maria Lúcia Panicucci não se bloqueia ou se "paralisa" na cuidadosa análise descritiva do real, usando em contra partida um monocromatismo muito próximo às antigas fotos de cor sépia, marco indelével de um tempo passado.



Ela descarta, sim, tudo o que é supérfluo, para enfocar aqueles elementos privos de atributos grandiosos onde encontra a íntima essência poética para escrever, ou melhor, descrever a história do homem e seu habitat - no caso específico a cidade em que vive - igual e vencedor no espaço das suas emoções.



A sua pincelada repleta de cores quentes e de profunda emoção, transforma suas telas em uma espécie de mural, que pela sua perfeição quase fornece a data do sítio relembrado.



É por isso que cada sua obra requer uma cuidadosa atenção para ser compreendida e plenamente absorvida. Um espectador apressado, por mais agudo e sensível que seja, não poderá absorver o seu verdadeiro significado, o seu profundo encanto.



Repletas de uma alta mensagem moral, no entender e exercitar a pintura, suas obras constituem documentos importantes para a iconografia paulistana de hoje e de amanhã. A obra "Parque do Ibirapuera", incluída no Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho é também um desses testemunhos que depassam a realidade e representam uma tensão espiritual extremamente rara em nosso dias.

A Artista



Maria Lúcia Ferreira de Souza Panicucci, nasceu em São Paulo. Em 1979, formou-se em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie.



Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se: II concurso de Artes Plásticas da Galeria Mali Villas Boâs, São Paulo; I concurso de Artes Plásticas Open Studio - União Cultural Brasil-Estados Unidos - São Paulo; 2º Salão de Artes Plásticas, Embú (1998); II Salão Nacional da Pintura Contemporânea Brasileira, São Paulo; III Prêmio Alphaville de Arte, Barueri; XI Salão Oficial de Artes Plásticas da Praia Grande, Litoral Sul de São Paulo; XXXV Salão Nacional Feminino - SBBA/RJ - Rio de Janeiro; IV Salão de Artes Plásticas de Londrina, Paraná; XLIV Salão Ararense de Artes Plásticas - Contemporâneo - Araras, SP; 27º Salão da Primavera do Museu de Arte Moderna de Resende, Rio de Janeiro; 6º Salão Oficial de Artes Plásticas de Catanduva; II Prêmio Maimeri-Brasil, São Paulo; XVI Salão de Arte Plásticas de Mococa, SP; IV Salão Elke Hering, Blumenau; Salão Internacional de Arte Contemporânea de São Paulo - Galerie Brésil - São Paulo (1999); XXVIII Salão de Arte Contemporânea de Santo André; 3ème édition Salon International d´Art Contemporain/Beyrouth, Libano; Museu de Arte Contemporânea de Campinas (2000); Galeria Ricardo Camargo, São Paulo; Galleria Giuliano Ottaviani, Roma, Itália (2001); Aqua Gallery, Guadalajara, México; Bienale D´ Arte Internazionale di Roma, Itália; Museu Palazzo Barberini, Roma, Itália; Gemallaggio Itália-Brasile - Castello dei Principi Savelli - Palombara Sabina, Itália (2002).



Possui obras em importantes acervos privados e públicos, tais como: Embaixada Brasileira em Roma (Piazza Navona) e Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

alesp