Lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Água Limpa


10/04/2008 17:26

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Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Água Limpa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/AGUA LIMPA geral ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado José Candido, Antonio M. S. Oliveira, Rodrigo A.B.M. Victor e Plinio Tomas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/AGUA LIMPA MESA 54-2ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os efeitos devastadores da contaminação das águas no planeta e em especial no Estado de São Paulo motivaram a criação, na Assembléia Legislativa, da Frente Parlamentar em Defesa da Água Limpa. Lançada nesta quinta-feira, 10/4, a Frente, que é coordenada pelo deputado José Candido (PT) e composta por 25 deputados, tem por objetivo implementar sistemas eficientes de tratamento, distribuição e coleta de água e esgoto de forma ecologicamente sustentável.

No ato de lançamento, o coordenador da Reversa da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, Rodrigo Moraes Victor, falou sobre a importância do cinturão verde que ainda existe no entorno da cidade de São Paulo. Esta região, dada a sua relevância para todo o planeta, ganhou o título de Reserva da Biosfera, dado pela Unesco. Existem 529 reservas da biosfera em 105 países.

"A instituição de políticas de conservação dessa área proporcionará automaticamente a defesa das águas", salientou Rodrigo Victor, lembrando que para se conservar a água faz-se necessária uma ação não sobre o líquido, mas sobre a área em que ele se encontra.

Antonio Manoel dos Santos Oliveira, professor-doutor do Laboratório de Geoprocessamento da Universidade de Guarulhos, mostrou como a ocupação indevida do solo engendra conflitos na região metropolitana, como a avanço nas áreas de mananciais e a criação de inúmeras áreas de risco para a população. Segundo ele, defender a água limpa é saber utilizar o solo através de dois instrumentos: o conhecimento e a participação da comunidade. A orientação sobre a ocupação e a participação deve ocorrer por meio dos conselhos gestores.

Algumas soluções foram apontadas por Plínio Tomaz, presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos e professor das Faculdades Integradas de Guarulhos, como o aproveitamento da água da chuva. Tomaz alertou para o fato de que as soluções devem ser imediatas já que há grave crise no abastecimento. O ideal, conforme demonstrou, são 1200 m³ de água por habitante e a Região Metropolitana de São Paulo conta com apenas 201 m³. Outro tema abordado por ele foi a poluição difusa, aquela que é difícil de ser localizada de forma precisa, mas cujas conseqüências são desastrosas, como o lixo jogado nos córregos e o impacto da impermeabilização em áreas urbanas.

"Nossa inquietação e preocupação com o planeta é constante", afirmou José Candido. O lançamento desta frente parlamentar representa, segundo o deputado, o início de uma caminhada em defesa do meio ambiente, especialmente da água em nosso Estado.

alesp