Almeida Garret afirmava com ênfase que "A mãe é a mais bela obra de Deus", Cora Coralina dirigindo-se a sua progenitora escrevia "Tens o dom divino de ser mãe" e por sua vez Abraham Lincoln costumava dizer "Tudo o que sou e que posso esperar ser um dia devo ao anjo que é minha mãe". Essas são algumas das milhares de manifestações feitas por poetas e intelectuais referindo-se a figura materna que no segundo domingo de cada mês de maio é comemorada anualmente no Brasil. Com efeito, foi em 1932 que o então Presidente Getulio Vargas oficializava a data que teve sua primeira realização promovida pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre no dia 12 de maio de 1918. Ao lado dos poetas, pintores e escultores em todos os tempos consagraram a figura materna, a data nos proporciona a oportunidade de reproduzir nesta página obras do pintores Augusto Higa, Canato, Eder Rocha, Elón Brasil, Norma Amaral, Silvana Galeone e dos escultores Gilda Prieto, Leya Terranova e Rosa Serrano, artistas incluídos no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, que, nos transmitem sua visão peculiar sobre o alicerce da família. Alice Takeda: "Maternidade" Em sua obra a mulher-mãe protege o filho num abraço, com carícias, num sonho que, lamentavelmente, cada dia se atenua. Tudo o que lemos em sua escultura é mais do que suficiente para delinear tanto os aspectos humanos quanto os artísticos, que são verdadeiros e profundos. Leya Terranova: "A Gorda" Particularmente vigorosa foi a disciplina que a guiou para modelar sua figura, porque vigorosos também são os sentimentos humanos pelo tema enfocado. Élon Brasil: "Maternidade Kamayura" O seu mundo pictórico reflete com fidelidade seus sentimentos e pensamentos. Contemplando amorosamente a realidade, o artista a condensa em termos, lineamentos e volumes essenciais, revelando sua alma poética ou, se preferirmos, o significado cósmico de sua pintura. Canato: "Sagrada Família" Com uma técnica pessoal, hábil e segura, traça o tema sobre a tela; um desenho preciso que preenche de cores com tons acesos, extremamente fortes e sugestivos, próprios a criar um ambiente seja alegre quanto dramático. Éder Rocha: "Negra Afro-brasileira I" Com profunda intuição psicológica e com clareza de fantasia obtém obras de intensa força expressiva e de alta feitura estilística, em contraste com suas origens e a simplicidade de seu labor cotidiano. Norma Amaral: "Amor de Mãe" Através de um firme desenho e de um cromatismo suave, quase monocolor, suas pinturas nos transmitem um mundo evocativo, aliado a um desejo de serenidade e de satisfação, de quem consegue exprimir emoções e sentimentos com lírico vigor. Alice Takeda: "Maternidade" Em sua obra a mulher-mãe protege o filho num abraço, com carícias, num sonho que, lamentavelmente, cada dia se atenua. Tudo o que lemos em sua escultura é mais do que suficiente para delinear tanto os aspectos humanos quanto os artísticos, que são verdadeiros e profundos. Silvana Galeone: "Maternidade" Em suas telas a artista difunde um sentido de jovial entusiasmo por tudo o que é movimento, progresso e dinamismo. As pinceladas soltas de cores com tons vibrantes e contrastantes não constituem meios estruturais, mas o componente substancial acima de qualquer forma, linha ou desenho. São o elo da arte com a vida. Augusto Higa: "Afeto" Sua pintura reflete ansiedade, inquietação e uma luta contínua em direção à anulação das formas e sua simplificação. A atitude de estilizar as figuras, cuja inércia plástica introduz uma leve esperança na visão pessimista da vida, está na sua base pictórica. Rosa Serrano: "A grávida" Liberada de toda a convencionalidade acadêmica, amadureceu sua experiência na informalidade que não renega e mantém em suas esculturas. No seu figurativismo pessoal e estilizado Rosa Serrano equilibra plasticidade e ritmos, síntese de conteúdos metafísicos e linhas harmônicas. Gilda Prieto: "Mulher " Mãe" Sua pesquisa escultórica a leva a uma osmose ideal onde melhor manifesta sensações e percepções concretizadas além do fato estético.