Foi entregue na noite de sábado, 5/12, pela Associação Paulista de Magistrado (Apamagis), o prêmio Edgard de Moura Bittencourt para personalidades que se destacaram na luta por um país mais democrático e mais justo. Conforme lembrou o desembargador Henrique Nelson Calandra, presidente da Apamagis, em seu discurso de abertura, o prêmio leva o nome de Moura Bittencourt por ele ter sido um magistrado que defendeu suas ideias democráticas e que, por isso, foi cassado em 1965, pelo regime militar. Receberam a homenagem, além de outras personalidades, os deputados Barros Munhoz, presidente da Assembleia paulista, Rodolfo Costa e Silva, Fernando Capez e Campos Machado. Barros Munhoz declarou-se honrado por ter recebido a medalha da Apamagis, uma associação respeitabilíssima dos magistrados de São Paulo. "Essa homenagem, que eu recebo com muita humildade, vou orgulhosamente ostentar no meu currículo e fazer jus a ela, se Deus quiser, ao longo de minha vida, defendendo o Estado de direito. Agradeço ao dr. Calandra e a toda diretoria essa honraria". O deputado Fernando Capez fez questão de realçar "que a homenagem aos deputados marca, em São Paulo, a relação harmônica e cooperativa que existe entre o Poder Judiciário e o Poder Legislativo, cada qual respeitando as respectivas prerrogativas e agindo, como determina a Constituição, em tom de construção coletiva". Também presente ao evento, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, falou que a "Apamagis está de parabéns. Essa confraternização é uma tradição que se repete a cada ano e que se fortalece a cada ano. Portanto, é um presente para São Paulo". A Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) foi fundada em 1953 e tem como marca característica a fraternidade entre seus membros e a luta em defesa das prerrogativas dos magistrados.