Máscaras, fantasias, danças e desfiles: é Carnaval (I)

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
22/02/2006 16:08

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"BOEMIA" de D. Esteves <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/BoemiaEsteves.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "MÁSCARAS" de Marcos Irine <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Mascaras Marcos Irine.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "LA PEQUEÑA ORQUESTA" de Angel Cestac<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/La Pequena Orqueta Angel Cestac.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Embora muitos historiadores afirmem que o verdadeiro carnaval nasceu na itália com as bacanais, lupercais e saturnais de Roma, as primeiras celebrações carnavalescas foram em intenção da deusa Isis, no Egito Antigo. Com a evolução da sociedade grega evoluíram os rituais, acrescidos da bebida e do sexo, nos cultos ao deus Dionísio, com as celebrações dionisíacas. A sociedade clássica acrescenta ainda uma função política de distensão social às celebrações, tolerando o espírito satírico, a crítica aos governos e governantes nos festejos.

O carnaval no Brasil, segundo a pesquisadora Cláudia M. De Assis Rocha Lima, foi chamado de entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. Atualmente, é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de páscoa.

Associando-se ao período, reproduzimos hoje e amanhã obras do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo que enfocam o tema do carnaval.

"LA PEQUEÑA ORQUESTA" de Angel Cestac - O verismo desse artista alcança vértices de refinado lirismo e elegância cromática. É certo que a emoção que envolve o seu trabalho tem origem principalmente na virtude da cor que atrai e estimula a sua fantasia. Sua pintura é alegre, aberta como seu caráter. As cores realizam um conto, ora paisagístico, ora figurativo, embebido de tênues e vibrantes tramas cromáticas.



"ABSTRAINDO O TANGO" de Carina Edenburg - A obra dessa jovem artista sugere a terceira dimensão por intermédio das sutis relações entre os contornos, as silhuetas e as aberturas operadas no corpo da obra. Esse jogo de equilíbrio, entre os diversos elementos, permite à escultura dessa artista adquirir um "peso plástico" que não se espera frente à obra bidimensional.



"BOEMIA" de D. Esteves - Sarcasmo, ritmo e musicalidade estão reunidos na sua criação pictórica. Sua pintura é testemunho quase físico com o qual D. Esteves faz sua reflexão sobre a condição humana e em particular do que ele mais se aproxima: os músicos. O artista usando um cromatismo bem brasileiro, procura traduzir visualmente através de linhas improvisadas, os ritmos e as complexas arquiteturas da composição, onde uma certa presença geométrico " cubista se faz sempre presente.



"INSTRUMENTOS DO FOLCLORE BRASILEIRO" de Geanete Reines - Trata-se de uma pintura que se revela refinada especialmente pelo seu equilíbrio cromatismo. É evidente que, a artista encontrou instintivamente estas cores e descobriu a força dos vermelhos e dos violetas, a poesia dos laranjas, dos azuis e dos rosas. Ela alcança uma composição e um ritmo formal de elevado interesse.



"SAMBA" de João Cândido da Silva - Seus caboclos e suas favelas enfocados sob o Sol dos trópicos se transformam em uma feérica festa de cores. São quadros ricos, sonoros e por incrível que pareça, transbordantes de felicidade, impregnados de uma bucólica poesia. Suas composições contam, com cores claras e vivas a magia do carnaval e nossos folguedos populares.

"MÁSCARAS" de Marcos Irine - Formas seqüenciais constroem um discurso coerente, cromático e musical. Sua temática desenvolvida em simbologias repetitivas transforma em verdadeiras e próprias palavras figurativas que o pintor usa para construir um discurso aparentemente dissociado, entretanto, extremamente coerente.



"DELÍRIOS DE CARNAVAL" de Rodrigues Coelho - Suas experiências matéricas se multiplicam: usa a cor diluída, a dispõe em amplas extensões transparentes, para depois trabalhar sobre a própria matéria. O artista confere às figuras humanas um valor de integral transfiguração onde o abstrato e o figurativo se amalgamam de maneira sublime e etérea.



"MASCARADO" de Thiago Martins - Máscaras são inseridas no contexto da escultura e se constituem em traços arqueológicos intactos ou recortados tudo bem próximo de um "puzzle". Controlando seus elans líricos ou retóricos, o escultor mede suas efusões e calcula suas improvisações.

alesp