Audiência pública debate privatização da CTEEP


03/05/2005 12:14

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Mauro Arce, presidente Rodrigo Garcia e Deilvo Moraes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/audpublcteep.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Agradeço a presença dos líderes partidários desta Casa a esta audiência que quer debater um tema tão importante para a sociedade paulista, levando a um voto consciente dos deputados em relação ao projeto em pauta", ressaltou o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Rodrigo Garcia, ao abrir a audiência pública para discutir o projeto de lei de autoria do Executivo estadual que propõe a privatização da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).

O secretário de Estado de Energia e Recursos Hídricos, Mauro Arce, procurou fazer o percurso do endividamento da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), desde 1995, quando, segundo ele, o governo do então governador Mário Covas encontrou uma dívida de 10 bilhões de dólares e ainda seis obras inacabadas, levando a uma reestruturação da empresa, acontecida entre 1995 e 1997. Os investimentos acabaram redundando em novas dívidas, levando a um Plano Estadual de Desestatização e desencadeando todo um processo de privatização na área de energia. "Todas as privatizações foram feitas com transferência de dívidas específicas", explicou, acrescentando, entretanto, que "nem todo resultado da privatização abateu dívidas da Cesp".

Segundo Arce, atualmente, a Cesp espera uma resposta do Ministério da Fazenda e qualquer solução, via BNDS, em relação à dívida, precisa do aval do ministro Antonio Palocci e a privatização da CTEEP levaria recursos para sanear a Cesp.

"Nenhuma privatização no Brasil trouxe benefício para os usuários. A cada semana existem apagões em regiões isoladas", bradou o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Antônio Carlos dos Reis, em resposta ao secretário Arce. E acrescentou: "A CTEEP é a melhor empresa de transmissão de energia do país, altamente lucrativa e com tecnologia de ponta, capaz de fazer frente a qualquer empresa de 1º mundo. Não podemos correr o risco de precarizar essa empresa, como fizeram com a Eletropaulo após a privatização, levando o risco do apagão a 10 estados do país."

alesp