Região de Marília reivindica melhorias em educação e estradas

Audiência Pública em Marília - TEXTO FINAL
19/09/2005 16:56

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Região de Marília<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/marilia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa da audiência pública promovida pela Comissão de Finanças e Orçamento <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Marilia 037.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Câmara Municipal de Marília com a presença de aproximadamente 40 pessoas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Marilia 033.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Professores da ativa e aposentados mais uma vez marcaram presença nas audiências públicas promovidas pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) com o objetivo de debater o orçamento estadual para 2006. A reunião desta segunda-feira, 19/9, foi realizada na Câmara Municipal de Marília com a presença de aproximadamente 40 pessoas.

Jose Caldini Crespo, presidente da CFO, destacou na abertura dos trabalhos que as reuniões são realizadas nas cidades sedes de governo, mas que as pessoas vindas de municípios de outras regiões podem participar. Crespo explicou a dinâmica das audiências, alertando que a Constituição estadual prevê o debate com a população para a elaboração do orçamento. "Ate então, o Executivo vinha realizando as reuniões presenciais. Entretanto, a partir deste ano, o governo decidiu fazê-lo apenas pela internet, o que a comissão entendeu não ser suficiente para garantir a participação da sociedade organizada", explicou Crespo.

Vinícius Camarinha, deputado pelo PSB, lembrou a máxima de Franco Montoro: "o povo não vive no Estado ou na União, vive nos municípios". O Parlamentar apresentou algumas reivindicações que considera importantes para Marília: duplicação da rodovia Marília-Bauru, recursos para ampliação do atendimento de saúde de Marília, atenção para entidades assistenciais e infra-estrutura para a Fatec local. Camarinha também saudou os segmentos da Educação presentes na audiência.

Servidores estaduais

A sede da Policia Técnico-Científica de Marília precisa de novas instalações. A demanda foi apresentada por Maria Leonor Munhoz. Ela explicou que o local é inadequado e falta espaço para manter os arquivos.

Laura Gradim falou em nome da Apampesp, a professora aposentada disse que já se cansou de mendigar reajuste salarial.

A encampação da Faculdade de Medicina de Marília pela Secretaria estadual de Ciência e Tecnologia ainda precisa da infra-estrutura necessária para se consolidar. Alem desse pedido, Vanderlei Pinto, da Unesp, pleiteou saneamento básico para sua cidade, duplicação da rodovia Marília-Bauru e recursos para a universidade em que trabalha implementar os novos cursos.

Maria Valéria Barbosa, da Fatec, pediu a derrubada do veto às emendas da Educação na LDO e criticou o deputado Zuza Massih (PRP), da região, pela falta de diálogo com sua comunidade e pela sua ausência na reunião. Valéria destacou também a existência de muitas favelas em Marília, e pediu recursos para moradias populares.

O Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza foi representado por Denise Rikala. "A preocupação do Sinteps tem sido manter a qualidade do Centro Paula Souza frente à crescente ampliação de cursos da Fatec. Assim, precisamos de mais verbas e da derrubada do veto." Denise também informou que grande parte dos recursos destinados inicialmente no orçamento ficam retidos pelo governador.

Vereadores da região

Alvinlandia enviou representantes para a audiência em Marília. O presidente da Câmara daquela cidade, Ivan Zinetti, pediu a instalação de uma universidade pública em Alvinlandia. O vereador Alcídio Oliveira indicou como demanda o prolongamento da rodovia Castelo Branco, estadualização da BR-153, recursos para serviços de assistência social e a ampliação do atendimento da Fundação para o Remédio Popular.

O vereador de Garça, Massao Ogawa, priorizou a segurança pública, pedindo o aumento do efetivo policial e o aprimoramento do trabalho da policia comunitária.

Os vereadores de Marília também apresentaram sugestões. Valter Cavina pontuou como prioridade a construção de marginais na rodovia do Contorno. Reivindicou ainda o prolongamento da rodovia Castelo Branco e a conclusão da ponte que liga São Paulo (em Paulicéia) ao Mato Grosso, com passagem inferior.

Carlos Bessan disse que é necessário haver mais incentivo para as pequenas e micro empresas. "O pequeno empreendimento tem sido a saída para o desemprego." Hely Biscaro pleiteou melhores salários para o funcionalismo, sobretudo, para os policiais civis. Pediu recursos para o hospital de Marília e protestou contra o abandono em que se encontram as ferrovias no Estado.

Inclusão social

Adelson Monteiro disse que os bairros distantes do centro de Marília sofrem com problemas de violência nas escolas e com a falta de urbanização. "Precisamos de investimentos na educação, inclusive no ensino superior, para melhor atender os jovens e garantir a inclusão social", disse.

Rosalina Costa, da Apampesp, reforçou a reivindicação da contrapartida do governo estadual para a manutenção do Iamspe. Sueli Lima, da Unesp, protestou contra a repressão aos professores e alunos universitários, nas imediações da Assembléia Legislativa, na semana passada. Sueli insistiu na importância da derrubada do veto às emendas da Educação na LDO.

Final de reunião

Edmir Chedid (PFL), relator do orçamento, lembrou que a mortalidade em rodovias da região tem alta taxa. Segundo ele, isso justifica os diversos pedidos de melhoria para as estradas. Sobre o veto do governador, que está sendo discutido na Assembléia Legislativa, Chedid disse que os deputados da região precisam marcar posição votando a favor da Educação.

O relator explicou que os escritórios regionais responsáveis pelo planejamento de investimentos estão restritos às sedes administrativas e não têm condições de reunir a sociedade para ouvir suas sugestões, a exemplo do que a Comissão de Finanças e Orçamento esta fazendo agora.

"O orçamento trata as aplicações de forma genérica, aponta melhorias na rede de esgoto, mas não especifica em que localidade isso vai acontecer. Precisamos definir isso no relatório, a partir das sugestões apontadas", afirmou Chedid, ressaltando que os secretários estaduais, muitas vezes, não determinam o que cada região precisa, porque não conferem os problemas in loco.

Para o relator, é inadmissível que Marília sofra com a falta de urbanização de favelas, enquanto a CDHU tem dinheiro em caixa para investir em construção de moradias.

O presidente da Câmara de Marília, Herval Seabra, encerrou o evento, saudando a iniciativa da comissão de ir a Marília para ouvir quais são os problemas da região, segundo ele, muito bem compilados pelo deputado Edmir Chedid.

alesp