A organização da Copa 2014, as oportunidades e os desafios a serem enfrentados pelo Brasil e pelo Ministério do Esporte foram os temas abordados pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Junior, em sua palestra na tarde de 11/2 no Seminário Internacional de Futebol - Copa do Mundo 2014 no Brasil. A realização da Copa do Mundo, disse Silva Junior, trará visibilidade internacional, incrementará o turismo e melhorará a imagem mundial do país. Após a inspeção da Fifa em 2008, foi decidido que 12 cidades no Brasil serão sede dos jogos, e outras, ainda não definidas, poderão receber as equipes participantes da competição para concentração e treinamento. A cidade de São Paulo deve receber, no estádio do Morumbi, o jogo de abertura da competição. Esse estádio, pertencente a particular, será reformado com empréstimos federais. Diversas ações serão necessárias, segundo o ministro, que incluem a melhoria da infraestrutura urbana, de transportes, com melhoria da mobilidade urbana, portos e aeroportos, telecomunicações e hotelaria. Estão previstos investimentos da ordem de R$ 24 bilhões, sendo que 5 bilhões serão apenas para a reforma e ampliação de aeroportos. Os prazos das obras terão de ser cumpridos, e a aplicação dos recursos pretende ser transparente e objetiva, e será fiscalizada por um comitê de acompanhamento. Nos estádios, o prazo-limite para apresentação de projetos é no próximo dia 1º/3, para aprovação dos financiamentos junto ao BNDES. A Copa deverá ser ambientalmente sustentável, portanto haverá investimentos em energia limpa, transporte sobre trilhos em São Paulo, reciclagem de resíduos e reaproveitamento das estruturas. A reformulação dos estádios ajudará na mudança no paradigma das competições esportivas no Brasil, finalizou o ministro. Ministro mostra preocupação com obras para a Copa Em entrevista coletiva após a palestra, Silva Júnior destacou pontos importantes na questão dos prazos de conclusão das obras. Ele se mostrou preocupado com o andamento das obras visando a Copa: "Estamos no sinal amarelo. Espero que os prazos sejam cumpridos", enfatizou. Além disso, o ministro ressaltou que todas as cidades devem cumprir os prazos estabelecidos, já que o país encontrou dificuldades para estabelecer o total de 12 cidades como sede dos jogos. Quanto a responsabilidades por eventuais atrasos nas obras, o ministro explicou: "Fiz questão de estabelecer uma matriz de responsabilidades, que já foi publicada com o cronograma das obras". De acordo com ele, toda a sociedade deve acompanhar o andamento das obras. Já com relação à questão dos aeroportos e sistema aeroviário, o ministro espera que seja cumprido o organograma que a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) estabeleceu.