As esculturas longilíneas de Celso Berton: da linguagem expressionista ao fantástico imaginário

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
28/05/2007 15:48

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Pajelança<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/berton 001corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Celso Berton<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/berton 002 corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Reunindo a força da linguagem expressionista ao mistério imaginário da forma surrealizante Celso Berton harmoniza tanto o drama quanto o sonho. Seus tipos carateriais, personagens que vão do humano ao híbrido, do expressionismo ao fantástico delirante traduzem o interior do artista, sua tendência à efusão panteísta que é justamente um dos traços característicos da escultura expressionista.

Suas obras fixam o instante de um gesto forte e verdadeiro. Por sua postura, tratamento da matéria, impacto da atitude e cálculo das proporções elas traduzem o ímpeto da relação entre a criatura viva e seu espaço ambiental.

Sua experiência, na maioria em pequenos formatos, nos transmite a idéia do que seriam suas criações em tamanho natural. Elas testemunham um maior ascetismo na deformação longilínea e podem lembrar tanto a arte etrusca ou a longa obstinação de Giacometti.

A referência simbólica é bem evidente em suas peças: o artista enfrenta o universo do símbolo com a mesma impetuosidade que o mundo das forças elementares. Ele traduz o fantástico em termos naturais e o mistério das estruturas compostas se transforma no efeito mimético de suas próprias defesas.

Na obra "Pajelança", prêmio Assembléia Legislativa no Salão Paulista de Belas Artes do ano 2000, Celso Berton não nega o fantástico, o aceita como um componente de vida, mas o integra à sua própria sensibilidade e ao mundo sensível da percepção.



O artista

Celso Berton, pseudônimo artístico de Celso Rogério Berton, nasceu em 1932, na cidade de São Paulo, onde vive até hoje. Pintor e escultor autodidata formou-se, posteriormente pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Integrou o Comitê Brasileiro da Associação Internacional de Artes Plásticas, Unesco (1972/73).

Participou de inúmeras exposições, entre elas na Associação Paulista de Belas Artes, SP (1959 a 1972); Jubileu de Prata da Associação Paulista de Belas Artes, SP (1967); Salão Paulista de Belas Artes (1961,1963, 1966, 1967, 1976, 1977, 198, 1979, 1980, 1981, 1983, 1984, 1985, 1987, 1988, 2000, 2002, 2003); Bienais Nacionais, SP ( 1972, 1976); Galeria do Carmo, Sesc (1973, 1974); Aliança Francesa, SP; Museu Nacional de Belas Artes, Santiago, Chile (1974); Exposição Primavera-Verão, Assembléia Legislativa, SP (1976); Sheraton Bal Harbour, Miami, EUA (1977); II Salão Nacional de Artes Plásticas Jean Batiste Debret, SP (1983); I Salão Oficial de Artes Plásticas da Cidade de São Paulo, SP (1988); The Internacional Garden and Greenery Exposition, Osaka, Japão (1990).

Ganhou vários premios e menções honrosas, como Prêmio Sparapani, da Associação Paulista de Belas Artes, medalha de bronze (1979); pequena medalha de prata(1983); grande medalha de prata no Salão Paulista de Belas Artes (2002); pequena medalha de ouro, II Salão Nacional Jean Baptiste Debret, SP (1983); 1º lugar em escultura, VII Mostra de Artes do Hospital Aeronáutica, SP (2001).

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Brasil e no exterior, no Museu de Arte Contemporânea de Skopje, Iugoslávia, Museu Nacional de Belas Artes, Chile; Museu do Vaticano, Museu da Universidade Regional do Nordeste, Paraíba e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp