A performance da Filarmônica Nacional, sob a regência do maestro Walter Lourenção, encerrou com chave de ouro o seminário, ilustrando, com as execuções de temas musicais, os conceitos gerenciais discutidos durante o evento, e ensinando o quanto de emoção e razão deve ser colocado no trabalho para que a criatividade apareça. A Filarmônica recebe esse nome porque já se apresentou em todo Brasil, utilizando músicos locais que se incorporam à orquestra " nas apresentações em São Paulo é composta por músicos da Sinfônica da USP, Osesp, Unicamp e do Teatro Municipal de São Paulo. Seu repertório inclui música clássica e jazz. O maestro começa a apresentação falando sobre a importância da afinação dos instrumentos: "Tecnologia acumulada em centenas de anos, afinada por gente com virtuosismo técnico e que sente um enorme prazer em não errar nunca. É mentira que errar é humano. Acertar é humano". Em seguida, pede que os músicos comecem a executar uma peça, cada um seguindo o seu próprio ritmo biológico, "desconectados entre si". Claro que há uma confusão e o maestro pede que eles toquem novamente, desta vez seguindo a orientação do maestro, "conectados, trabalhando em equipe". Imediatamente o público reconhece a abertura da ópera Carmen, de Bizet, mas o maestro ainda não está satisfeito. Lourenção pede que os músicos repitam a abertura, mas tocando agora com emoção. O público percebe que há uma grande diferença, para melhor, entre a música tocada sem erros e, em seguida, tocada com emoção. Com esse exercício, o maestro consegue provar que a emoção é fundamental para o trabalho da orquestra e, por extensão, para qualquer trabalho. Ao final da apresentação, a filarmônica emociona o público, composto em sua maioria por pessoas que participaram do seminário, executa o Hino Nacional convidando os presentes a cantarem. O maestro rege a todos, orquestra e músicos, e encerra a exibição cumprindo a missão didática de ilustrar os conceitos de "conectividade e trabalho em equipe", a que se propõe a Sinfonia Empresarial.