Comissão de Fiscalização ouve presidente da CPFL paulista

Novo plano de ação ampliou capacidade de canais simultâneos de 450 para 865
29/11/2011 21:05

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Antonio Mentor<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/CFC29nov11Mauri3.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Hélio Viana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/CFC29nov11MauriHelioVianaCPFL.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> João Rillo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/CFC29nov11Mauri4.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Hélio Viana e Geraldo Vinholi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/CFC29nov11Mauri2.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputados integrantes da Comissão de Fiscalização e Controle<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/CFC29nov11Mauri.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Roberto Morais, Dilmo dos Santos e Edmir Chedid<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/CFC29nov11Mauri5.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em reunião na tarde desta terça-feira, 29/11, a Comissão de Fiscalização e Controle, presidida pelo deputado Geraldo Vinholi (PSDB), ouviu o presidente da CPFL paulista, Hélio Viana, que fez uma apresentação das ações da holding CPFL nos ramos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e respondeu a questionamentos dos deputados sobre interrupções no fornecimento de energia elétrica e na demora do restabelecimento do serviço.

Hélio Viana começou sua exposição falando que a CPFL é o maior grupo privado no setor de energia elétrica, com seis usinas hidrelétricas e oito distribuidoras que servem 300 municípios no Estado de São Paulo. Sobre a remuneração, Viana falou que numa conta de R$ 100, por exemplo, a companhia fica com R$ 25, os custos não gerenciáveis são de R$ 54 e os restantes R$ 21 são de impostos. A CPFL paulista atende a 3,6 milhões de clientes (entre residenciais e comerciais) e atende a uma população de 9,6 milhões de habitantes.

Quanto aos canais de atendimento, o presidente da CPFL falou sobre a participação de cada um deles: 46% são atendimentos feitos pela internet, 36% são feitos por call centers, e 17% por atendimento presencial.



Apagões



Sobre o principal assunto pelo qual foi convidado a participar da reunião " a falta de energia principalmente em dias de temporal " Viana atribuiu o desligamento à violência dos ventos e à queda de árvores sobre a rede. Entretanto, declarou que a CPFL aprendeu com os temporais e um novo plano de ação foi posto em funcionamento com as seguintes medidas: ampliação da capacidade de 450 para 865 canais simultâneos de atendimento e monitoramento de imagens de radar para detectação de temporais, entre outras precauções. Além disso, Viana falou ainda do Plano Verão de 2012, que pretende antecipar-se às dificuldades comuns durante o período, mantendo integração com entidades e fortalecendo parcerias com a Defesa Civil, prefeituras, Polícia Militar, bombeiros etc.



Questionamentos



O primeiro deputado a questionar o presidente da CPFL foi Roberto Morais (PPS), que perguntou por que falta tanta energia em São Paulo? Viana respondeu que o maior problema é o convívio da rede elétrica com arborização, mas que desde 2004 esse problema vem diminuindo com a substituição da rede antiga. Viana estimou ainda que em 10 anos toda a rede antiga será substituída. Roberto Morais perguntou ainda se a CPFL tem respeitado os prazos de corte de energia para pessoas que estão nas condições previstas no código de defesa do consumidor, e Viana respondeu que "somente 3,7 milhões de pessoas pagam as contas de energia até o vencimento. As demais pagam atrasado, e nem por isso a CPFL corta o fornecimento de energia. Nós fazíamos 100 mil cortes por mês. Atualmente reduzimos para 30 mil", esclareceu.

Roberto Morais ainda perguntou como são tratados os casos de queda de energia que trazem prejuízos aos clientes, e Helio Viana respondeu que a companhia faz o ressarcimento dos prejuízos de acordo com o recomendado pela agência reguladora, e esse é um dos itens mais auditados pela Aneel.

Outros deputados como João Paulo Rillo (PT) e Edmir Chedid (DEM) perguntaram sobre o lucro líquido anual da companhia e pediram que a CPFL enviasse os dados para a comissão. Viana respondeu que o lucro da holding é em torno de 1,4 bilhão. Rillo perguntou ainda sobre o fechamento do call center de Campinas. Viana disse que não há prejuízo nenhum para a população, uma vez que os call centers de Ourinhos e Araraquara deram conta da demanda. Sobre os empregados, Viana disse que já negociou um acordo com o sindicato e que até o final do ano, a situação desses trabalhadores será resolvida.



Rede aérea x rede subterrânea



Roberto Morais perguntou ainda sobre a substituição da rede aérea por uma rede subterrânea de fornecimento de energia. Viana respondeu que essa segunda alternativa é muito cara para o cliente, porque a rede subterrânea custa 10 vezes mais que a aérea.

Morais também contou da dificuldade de se transferir um poste de um lugar para outro, caso ele esteja atrapalhando a entrada de uma residência, por exemplo. Viana disse que a companhia não ganha nada com essa transferência, mas concordou que o custo é caro porque também a Net e a Telefonica cobram pelo serviço. Viana esclareceu ainda que a Net e a Telefônica pagam o aluguel do poste à CPFL, o que serve para reduzir os custos.

Sobre o número de reclamação feitas ao Procon contra a CPFL, Viana respondeu que há uma média muito baixa: apenas 25 reclamações por mês.

Edmir Chedid pediu ao presidente da comissão que convoque as outras quatro concessionárias de energia que atuam no Estado para que elas também esclareçam os pontos polêmicos do fornecimento de energia. "Não queremos prejudicar ninguém, mas o usuário tem de ser bem atendido", disse Chedid, que perguntou a Viana se foi mudado o conceito que havia quando do início das concessões: o de quem gera energia não distribui. Viana esclareceu que as áreas continuam separadas, como acontece no resto do mundo.

Chedid cobrou também por que existe tanta falta de luz. Viana explicou que tudo é uma questão de investimento e da dificuldade em contratar mão de obra, em construir subestações por causa das licenças ambientais e outros processos. Viana esclareceu que a capacidade instalada hoje ultrapassa em 30% a necessidade dos municípios.

O deputado perguntou ainda sobre problemas localizados em estradas e em manutenção de luminárias na maioria dos municípios. Sobre a SP-360, Viana esclareceu que um acordo foi fechado para que a obra na rodovia continuasse, e que a manutenção das luminárias custaria, caso fosse feita pela CPFL, R$ 1,60 por ponto ao mês, e que está sendo cobrado por terceiros, em alguns municípios, até R$ 7 por ponto ao mês.

Dilmo dos Santos (PV) também pediu dados sobre o lucro da CPFL no Estado e questionou se o número de empregados é suficiente para a demanda. Viana disse que sim, que o lucro da CPFL paulista é de R$ 600 milhões e que o número de empregados é de 3 mil próprios e 1,7 mil contratados. Sobre a qualificação dos funcionários, Viana falou que o investimento nessa área é o diferencial da CPFL.



Pauta



Na mesma reunião, foram aprovados todos os itens da pauta que pediam encaminhamento de documentos, com exceção dos de número 4 e 5, que sofreram pedido de vista. As deliberações podem ser consultadas no Portal da Assembleia, no link Comissões. Participaram da reunião, além dos já citados, os deputados Célia Leão (PSDB), Antonio Mentor (PT), Dilmo dos Santos e Luiz Moura.

alesp