Augusto Cezar transforma fatos hodiernos em visões míticas

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
10/03/2008 13:01

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Augusto Cezar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/augusto cesar 06.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/APOCAPSE novo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O contato com o real, isto é, a tomada de consciência de um fotógrafo, é determinado no instante em que decide fixar a imagem que não é fugitiva, mas se cristaliza e se projeta além de uma certa retórica do "fotográfico".

Augusto Cezar detalha sua pesquisa sociológica captando imagens de eventos hodiernos os mais variados, conseguindo valorizar um acontecimento popular com raízes profundamente humanas, transformando-o em significativas referências arqueológicas.

A "gramática" da fotografia propõe a este artista-fotógrafo inexauríveis ocasiões de pesquisa. Entretanto, seu esquema didático coincide com um critério de análise mental que não se contenta com a superfície e a aparência imediata das coisas, mas busca analisar espaços, situações, seres e objetos em sua dinâmica vital e tomar consciência do fato segundo um projeto previamente estruturado.

Através de três obras da série "Míticas visões", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, pode-se constatar que a imagem é um meio de expressão congênita a Augusto Cezar. Uma vez mais o artista consegue confirmar como a fotografia possui capacidades autônomas de linguagem e uma eficácia comunicativa que deve ser procurada na sua qualificada habilidade de reproduzir e de miniaturizar a realidade.

alesp