Assembléia sedia Conferência Latino-Americana de preservação do Meio Ambiente

(Com fotos)
05/06/2002 14:38

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A conferência foi realizada no auditório Franco Montoro <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/meioamb050602b.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

Ao sediar a 1ª Conferência Latino-Americana de preservação do Meio Ambiente, nesta quarta-feira, 5/6, a Assembléia Legislativa abriu a discussão sobre o tema e reuniu em uma mesa-redonda especialistas, representantes de ONGs e ambientalistas.

Promovido pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza, o evento inicia a Semana Ambiental na capital paulista. A iniciativa vai reunir mais de 200 ONGs com o objetivo de levar a sociedade a debater propostas sobre o que está sendo realizado e apresentar projetos voltados a ações ambientais em São Paulo e no país. Passados dez anos da Eco 92, a Semana Ambiental pretende também fazer um balanço das atividades que vêm sendo desenvolvidas no setor e manter a discussão sobre o meio ambiente no Brasil. A programação pode ser conferida no site www.semanaambiental.com.br.

Foi criado também o 1º Prêmio Brasil Eco Ambiental 2002, de caráter permanente, para homenagear profissionais, entidades e ações que, nos últimos anos, contribuíram de forma expressiva para a preservação do meio ambiente no território nacional.

Para o presidente do IBDN, Rogério Iório, as ações do instituto, antes ostensivas e de caráter fiscalizatório, estão voltadas hoje para a educação ambiental urbana e rural do país, com o objetivo de promover a integração da comunidade com a diversidade ambiental. Para tanto, buscam-se parcerias e convênios com a iniciativa privada e instituições governamentais e não governamentais. A realização desta conferência na Assembléia Legislativa, segundo Iório, vem legitimar os objetivos do Instituto.

Ao abrir os trabalhos, a presidente de honra da mesa, deputada Edir Sales (PL), ressaltou a responsabilidade de se tratar com seriedade temas como projetos educacionais voltados para o meio ambiente, uso da água, coleta seletiva e reciclagem.

Para Carlos Messina, representante da secretária municipal do Meio Ambiente, a questão da água cresce em importância quando se leva em conta que, com o assoreamento dos rios, riachos, e com a poluição, entre outros fatores, dentro de 20 anos não teremos água para beber. Ele convidou os presentes para participar da semana de gestão ambiental que será realizada nesta semana, no Centro Cultural São Paulo, com a presença de autoridades e representantes de entidades da sociedade civil.

"O meio ambiente é hoje a galinha dos ovos de ouro. Descobriu-se mais um meio de receita para o município", comparou a arquiteta e urbanista Heliana Comim Vargas, professora da USP, que abordou o tema qualidade ambiental urbana.

Já o ex-secretário do Meio Ambiente de Guarulhos, Márcio Roberto de Andrade, fez uma reflexão sobre a Agenda 21. Comentou que, quando respondia pela secretaria, o posicionamento do BID era de não liberar financiamentos para o setor de saneamento e abastecimento, enquanto para outros setores as verbas estavam disponíveis.

"Ao redor da Grande São Paulo existem 10 mil produtores rurais", lembrou Marco Roberto Furlan, doutor em Agronomia e um dos fundadores das Faculdades Integradas Cantareira (FIC), que discorreu sobre o papel do engenheiro agrônomo no desafio de aumentar a produtividade sem causar danos ao meio ambiente. Furlan declarou que tenta trazer para a Grande São Paulo o programa de microbacias do governo do Estado, porque as enchentes tornaram-se um problema insolúvel graças à impermeabilização do solo. Furlan afirmou que o Brasil é um dos países que possui a legislação ambiental mais rígida do mundo.

alesp