Da assessoria do deputado Romeu TumaA Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de São Paulo, presidida pelo deputado Romeu Tuma (PPS), aprovou nesta quarta-feira, 17/9, requerimento para que o apresentador do programa Domingo Legal, do SBT, Augusto Liberato, seja convidado a esclarecer a entrevista levada ao ar no domingo, 7/9, com dois supostos integrantes da facção criminosa PCC. "Em várias entrevistas, o Gugu vem dizendo que irá esclarecer o caso onde for chamado. Como a polícia não o intimou até agora, entendemos que é uma ótima oportunidade para que ele venha dar uma satisfação a nós deputados, que somos os representantes legítimos da população. Só assim ele vai poder manter o nome de seu programa. Caso contrário deveremos chamar a atração de ´Domingo Ilegal´", afirmou Tuma.O repórter Wagner Mafezoli, autor da entrevista, deveria depor à Comissão nesta quarta-feira, 17/9, mas não compareceu. O SBT encaminhou um ofício, assinado pelo diretor do programa, Maurício Nunes, alegando que o profissional está temporariamente afastado da emissora. Por isso, como está em viagem ao interior do Estado, não poderia atender ao convite dos deputados.Diante do não-comparecimento, além do convite a Gugu, os deputados aprovaram a convocação do diretor Maurício Nunes, do produtor Rogério Casagrande, e do delegado Alberto Pereira Mateus Júnior, que investiga o caso. Os depoimentos devem ocorrer em uma reunião extraordinária da Comissão de Segurança Pública, que será marcada para o início da próxima semana.Deputados criticam a qualidade da TVO assunto despertou também uma discussão sobre a má qualidade dos programas de TV. O deputado Roberto Felício (PT) avalia que desse episódio se pode tirar lições para a sociedade, pois é um momento para debater o conteúdo da TV. Ele lembra que programas sensacionalistas existem vários, mas "até que ponto a sociedade tem que ser submetida a uma disputa por pontos no Ibope?" Já o deputado Vanderlei Siraque (PT) considera que a responsabilidade pela reportagem é do apresentador Gugu Liberato e do SBT. Para ele, não se pode aceitar o hábito de mandar embora o pequeno (referindo-se ao jornalista afastado) e considerar que o assunto está encerrado."Não adianta só pegar o coitado que foi lá e ganhou 500 reais, alguém pagou para ele", acrescentou Conte Lopes (PP), referindo-se à necessidade de apurar responsabilidades, pois estão envolvidas ações criminosas como apologia do crime e fraude.O presidente da comissão, Romeu Tuma, informou ao presentes, antes de encerrar a reunião, que iria ao Deic para obter informações sobre o andamento das investigações.rtuma@al.sp.gov.br