Fernandópolis precisa de mais investimentos em saúde

Audiência pública em Fernandópolis - TEXTO FINAL
11/08/2005 17:16

Compartilhar:

Audiência pública em Fernandópolis<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Fernandopolis4.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A audiência pública que a Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia paulista realizou na cidade de Fernandópolis, nesta quinta-feira, 11/8, a quarta de uma série de 43 encontros previstos para acontecer, revelou a preocupação da população da região com a saúde.

O presidente da câmara municipal da cidade, vereador Alaor Marques, solicitou a previsão de mais investimentos para o setor no Orçamento do Estado para 2006, destacando os sérios problemas vividos pela Santa Casa local. De acordo com Marques, a instituição não conta sequer com um aparelho para realizar endoscopias.

Voluntários de combate ao câncer

A Associação de Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC) foi elogiada em vários pronunciamentos dos participantes pelo trabalho que desenvolve. A associação atende pessoas da região que necessitam de atendimento oncológico. Os voluntários querem evitar que muitos pacientes desistam do tratamento em razão das dificuldades enfrentadas para se deslocarem até Barretos, onde está localizado o hospital que oferece tratamento especializado.

Segundo autoridades locais, a conclusão das obras do hospital de oncologia em Fernandópolis é antiga reivindicação da AVCC e iria resolver grande parte dos problemas dos doentes da região.

Segundo o enfermeiro Sérgio Nascimento, a AVCC já conta com uma estrutura de hospital, cuja construção foi iniciada em terreno da prefeitura. "Precisamos de R$ 2 milhões para concluir o projeto, porém seriam suficientes R$ 200 mil para colocar o ambulatório em funcionamento, permitindo assim oferecer atendimento mínimo necessário aos pacientes em Fernandópolis."

Agroindúistria

A proposta do prefeito da cidade, Ruy Okama, é fortalecer o incentivo à agroindústria. Para ele, a deficiência na geração de empregos é a principal causa dos problemas sociais da região.

Da mesma forma, o cidadão de Fernandópolis José Fernando Salo sugere que os investimentos na área social sejam direcionados a programas em favor da criança e do adolescente. "Assim, o governo não vai precisar gastar tanto com a manutenção das Febems", advertiu. O representante da Igreja Quadrangular, bispo Paulo Sérgio, endossou suas palavras e defendeu a abertura de cursos de profissionalização para jovens.

Adilson Campos reclamou da condição da rodovia Euclides da Cunha, destacando a importância de duplicação da via.

O encontro em Fernandópolis foi acompanhado por cerca de 50 pessoas. Ênio Tatto, vice-presidente da CFO, abriu a reunião e fez uma breve explanação do objetivo das audiências públicas que a Assembléia realiza em todas as cidades-sedes de governo no Estado.

Vicinais e reativação de aeroporto

Aparecido Rodrigues, vereador de Turmalina, solicitou a construção de um posto intermodal na barragem de Água Vermelha, localizada no Rio Grande, com a finalidade de atender toda a região e incentivar o transporte de produtos. Pediu também a reativação do aeroporto, no mesmo local.

O vereador ainda falou sobre a importância de despoluir o Ribeirão Santa Rita e de o governo gerar incentivos ao cultivo de seringais, segmento que começa a surgir com força na região.

O relator do Orçamento, deputado Edmir Chedid (PFL), encerrou os trabalhos da comissão em Fernandópolis destacando que a jornada pelo interior paulista não se trata de uma batalha contra o governador ou o governo do estado. "Trata-se sim de uma nova forma de desenvolver ações com o intuito de colaborar com o Estado. Queremos imprimir no orçamento o perfil de cada região, atendendo suas aspirações e necessidades."

Chedid avalia que falta ao estado uma política mais consistente de planejamento regional. Segundo ele, com a extinção de diversos escritórios regionais de planejamento (Erplan) em 1995, a Secretaria de Economia e Planejamento passou a desenvolver apenas as macro-políticas, em detrimento dos interesses regionais.

alesp