DA REDAÇÃO Após reunião da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa, com a presença de 18 de seus 20 deputados, o líder do partido, deputado Vaz de Lima, anunciou o nome de Edson Aparecido para concorrer à Presidência da Casa. Também disputavam a indicação o próprio líder do partido e o deputado Celino Cardoso. Aparecido teve sua candidatura aprovada por unanimidade, já que não houve votação, mas um consenso entre os parlamentares.Vaz de Lima afirmou que, do ponto de vista do partido, a indicação do candidato é apenas o primeiro momento de um processo de alianças que deve se concluir no dia 15 de março. "Nossa bancada está absolutamente coesa. Não há hipótese alguma de qualquer dissidência ou mudança deste quadro", garantiu.Edson Aparecido afirmou que agora se inicia a condução de um trabalho de alianças com deputados de todos os partidos. "Este é um processo absolutamente democrático, que terá o seu desfecho somente em 15 de março e, mesmo depois disso, procuraremos entendimento com todas as bancadas", afirmou.Aparecido disse também que a intenção do PSDB é buscar uma única chapa para concorrer à Mesa Diretora. "A Assembléia representa o povo paulista, que elegeu 94 deputados. Todos eles devem estar devidamente representados na Mesa", concluiu.A eleição da Mesa Diretora para o biênio 2001/2003 foi realizada por meio de voto secreto. Durante a gestão dessa Mesa Diretora, em 28/6 de 2001, a Assembléia promulgou duas Emendas à Constituição Estadual, eliminando definitivamente o voto secreto em todas as votações do Parlamento paulista. As emendas foram decorrentes de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) de autoria dos deputados Edmur Mesquita-PSDB (11/99) e outros, que extinguiu o voto secreto nas deliberações sobre cassação de mandato de deputados e do deputado Antônio Mentor-PT (8/2001) e outros, que eliminou o dispositivo das demais votações, entre elas a eleição dos membros da Mesa Diretora. A atual Mesa Diretora foi eleita nominalmente. TradiçãoIndagado pelos repórteres sobre uma possível retaliação do PT no sentido de quebrar a hegemonia dos tucanos na presidência da Casa, Vaz de Lima anunciou que, na Assembléia, há uma tradição que o partido do governo eleja o presidente, de modo que não se podem fazer paralelos nem com a Câmara Municipal de São Pulo nem com o Congresso Nacional. "Não há nada que nos leve a prever qualquer mudança substancial na representação dos partidos", declarou, descartando qualquer impasse capaz de levar à alteração dos usos e costumes da Casa.Em 15 de março, além do presidente, a Assembléia elege primeiro e segundo vice-presidentes, 1º, 2.º, 3º e 4º secretários.