A área em que hoje se acha instalada a cidade de Campinas conta com pouco mais de 260 anos de história colonial, imperial e republicana, e com milhares de anos de história indígena. Até a primeira metade do século 18, o município não passava de uma área de mata pouco explorada. Naquela época, surgiu um bairro rural na Vila de Jundiaí, hoje apenas Jundiaí, chamado Rural do Mato Grosso. Localizado nas margens de uma trilha aberta por paulistas do planalto de Piratininga entre 1721 e 1730, o povoamento desse bairro teve início com a instalação de tropeiros nas proximidades da estrada dos Goiases, que impulsionaram o desenvolvimento de várias atividades de abastecimento e promoveu uma maior concentração populacional na região. Atualmente, Campinas ocupa uma área de 801 km² e possui uma população estimada em 1 milhão de habitantes, distribuída por quatro distritos (Joaquim Egídio, Sousas, Barão Geraldo e Nova Aparecida) e centenas de bairros. Tal vigor econômico e social, trazido em especial pela ampliação de sua população trabalhadora, tem permitido a Campinas constituir-se como um dos polos da região metropolitana de São Paulo. Polo acadêmico e tecnológico A presença de instituições de nível superior, como a Unicamp, a PUC, o Mackenzie, a Facamp e a Unip, fazem do município um dos melhores e mais reconhecidos polos acadêmicos do Brasil e de toda a América Latina. Mas a cidade é, também, um dos maiores centros tecnológicos do mundo, sendo considerada a versão latino-americana do Vale do Silício. Futuramente, Campinas será referência nacional no promissor negócio dos biocombustíveis e, para isso, já iniciou o processo de instalação do Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), onde o governo federal desenvolverá pesquisas voltadas para essa tecnologia. Boa parte do vigor tecnológico da cidade deve-se à existência da Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec), uma empresa municipal cujas atribuições envolvem a participação no planejamento e na execução da política de ciência e tecnologia; a coordenação do processo de implantação de empresas e organizações de pesquisas científicas e tecnológicas nos dois polos de alta tecnologia existentes no município; e o desenvolvimento do programa de Incubadora de Empresas de Base Tecnológica. Para desenvolver essas tarefas, a Ciatec mantém parcerias com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e diversos centros de pesquisas e universidades. Também atua como uma ponte entre os empreendedores e órgãos financiadores, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atrações da cidade Com altura de 27 metros e capacidade para 250 mil litros de água, projetada em 1938 e inaugurada em 1940, a Torre do Castelo se destaca tanto por sua localização como pela arquitetura singular, e já se tornou um símbolo da cidade de Campinas. Em 1991, o prédio recebeu novas alterações para a instalação do Museu Histórico da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento) e, em 1998, o edifício e a praça passaram por uma grande restauração para devolver as características do início da década de 1940. A área popularmente conhecida como lagoa do Taquaral constitui-se um dos mais importantes espaços de lazer da cidade de Campinas. Integrada no passado à histórica fazenda Taquaral, os 33 alqueires que compõem esta área foram transformados em parque no ano de 1972. Destinado ao lazer, a lagoa do Taquaral reúne uma grande variedade de espaços recreativos e culturais, a começar pela lagoa Isaura Telles Alves de Lima (com pesca permitida nos finais de semana e feriados), que oferece o uso de pedalinhos; um espetáculo de águas dançantes de uma fonte sonora; um percurso de três quilômetros de bondinho; uma ciclovia de aproximadamente cinco quilômetros, uma pista de patinação, 16 quadras poliesportivas, entre outros.