CPI ouve presidente da AES Eletropaulo


11/03/2008 19:31

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Britaldo Pedrosa Soares e deputado Antonio Mentor, presidente da CPI <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CPI ELETROP BritaldoPSoares+Dep (5)MMY.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> CPI da Eletropaulo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CPI ELETROP GERAL mmy (5).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Britaldo Pedrosa Soares, diretor-presidente da AES Eletropaulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CPI ELETROP BritaldoPedrosaSoares-DirPresAESEletropaulo (2)MMY.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A CPI da Eletropaulo recebeu nesta terça-feira, 11/3, o diretor-presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Pedrosa Soares, para prestar esclarecimentos sobre a atual situação da Eletropaulo após a privatização.

O relator da CPI, deputado João Caramez (PSDB) iniciou os questionamentos, referindo-se à qualidade de serviço, segurança e responsabilidade social. Soares disse que foram investidos R$ 3,2 bilhões, sendo que 70% foi destinado a serviços como atendimento ao consumidor, manutenção e expansão do sistema elétrico. Ele salientou que após a privatização, a interrupção de luz em 2007 foi de 8,9 horas e antes esta média atingia 18 horas. "A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) exige que não passe de 11,3 horas, então estamos abaixo da média", completou. Em relação à segurança, "são realizadas campanhas educacionais, com veiculação na mídia, além de palestras e cartilhas. Os trabalhadores da Eletropaulo são capacitados e são equipados com roupas adequadas. Entre 2006 e 2007, o índice de acidentes caiu de 34% para 18%", relatou. Sobre responsabilidade social, Soares afirmou que há projetos de educação e cultura voltados para jovens e crianças.

A respeito do que está sendo feito para redução de ligações irregulares, o presidente da Eletropaulo salientou que, anualmente, são regularizadas cerca de 75 mil ligações "clandestinas".

Questionado sobre os índices de inadimplência, o presidente da Eletropaulo esclareceu que a taxa de arrecadação é superior a 100% devido aos muitos acordos que foram firmados e estão sendo pagos. "Com o setor público não temos problemas", disse.

Sobre a dívida do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o valor total era de U$ 1,2 bilhão, sendo que U$ 90 milhões foram pagos, U$ 550 milhões estão sendo pagos, com vencimento em 2014 e U$ 600 milhões foram convertidos em ações.

Durante o processo de privatização da Eletropaulo (1998), Soares esclareceu que ainda não pertencia ao grupo, entrou apenas em setembro de 2005, portanto, não pôde dar esclarecimentos sobre a arrematação da Eletropaulo pelo valor mínimo. "Posso contribuir apenas como observador.

Britaldo ponderou que a avaliação depende de uma análise técnica e que, mesmo sendo a Eletropaulo a maior distribuidora de energia da América Latina, a análise de outros casos nos quais a venda foi feita pelo preço mínimo devem ter contribuído para a fixação do valor.

Respondendo a indagação de Aldo Demarchi (DEM) sobre a situação financeira da Eletropaulo no final de 2005, Britaldo informou que ela "era apertada e limitada, com juros altos e prazos curtos de financiamento. Tínhamos em setembro de 2005 R$ 180 milhões no caixa, valor extremamente baixo", respondeu Soares. "Fizemos um trabalho de refinanciamento da dívida e, assim, o trabalho foi facilitado". Ele afirmou também que de 2003 para cá os problemas operacionais e financeiros melhoraram, o índice de problemas nesses setores caíram de 14% para 11,5%.

O deputado Jonas Donizette (PSB) indagou se o leilão da Agência Reguladora de Serviço de Saneamento - Arsesp vai interferir em alguma coisa, Soares respondeu dizendo que não espera nenhum impacto, porque a Eletropaulo apenas compra e distribui a energia. "Não vejo risco no preço, já que ele é regulado pelas formas vigentes".

alesp