História



No século XIX, mais especificamente em 20/4/1868, as famílias de Pedro Dias Batista e Marques do Vale vieram do Estado de Minas Gerais para as terras do Vale do Rio Pardo trazendo consigo muitos escravos, tomaram posse de vasta área territorial ao longo do vale e deram início à fundação da Freguesia de Santa Bárbara. Naquela época, todo o pessoal já fazia uso da água de uma fonte conhecida como Poço Quente e Água Virtuosa, devido à caloria da água e seu efeito terapêutico. Conta-se que os escravos iam ali lavar as feridas oriundas das chicotadas, frieiras dos pés, lavavam também feridas do lombo dos cavalos e burros provocadas pelos arreios, que logo cicatrizavam. Antigos moradores afirmam que seus avós presenciaram esses fatos e que também nas proximidades das fontes haviam muletas jogadas, porque os escravos, tomados pelo reumatismo, usavam-nas para vir até a fonte, lá se banhavam e com o tempo saravam, deixando ali o madeiro.

No final do século passado, as duas famílias fundadoras do povoado, proprietários desta grande área, doaram para a Mitra Diocesana de Botucatu, um gleba de terras no local da Freguesia de Santa Bárbara. Passados alguns anos, o Bispo de Botucatu, contratou o engenheiro Constantino Mosca, a fim de lotear toda essa área e depois vender os lotes aos que já possuíam ali suas casas. Ao ver o movimento de pessoas vindas de outras regiões a procura daquela água, Constantino Mosca pediu que a forma de pagamento de seu trabalho, seria a reserva de um lote de terras, com a área de um alqueire em torno do "Poço Quente".



De posse do terreno, levou para São Paulo amostras da água e mandou analisá-la. Posteriormente trouxe à cidade especialistas que também fizeram análise "in loco", e constatou-se ser água mineral. Em 1938, o interventor do Estado, Adhemar de Barros, comprou a área do balneário, passando-a para o Patrimônio Público do Estado. Em 1963, o Governo do Estado iniciou a construção do atual balneário, dotado de banhos de imersão, saunas e duchas escocesas.

Conta-se também que o empresário (conde) Francisco Matarazzo sofria de uma doença de pele que nenhuma clínica dos Estados Unidos e Europa conseguiu curar, até que um dia, estando em Stutgard (Alemanha) para mais um tratamento, foi surpreendido pelas declarações do médico que o atendia: - "Mas o senhor não mora no Brasil? A melhor água para seu tratamento está em Santa Bárbara do Rio Pardo". O conde iniciou o tratamento e, meses depois, estava totalmente livre da moléstia que a muito o acompanhava.



A água

Por inúmeras propriedades terapêuticas, a água mineral do balneário Mizael Marques Sobrinho, foi considerada como uma das melhores águas minerais do mundo, durante o II Congresso Internacional de Hidroclimatismo, realizado em setembro de 1940, no Rio de Janeiro. A primeira análise da água mineral do balneário foi realizada através de amostras colhidas "in loco", pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) que classificou-a como "água oligomineral, hipotermal, alcalina, fortemente bicarbonatada, calcica, magnesiana, sulfatada, inodora e leve, como principais componentes minerais, oligominerais e sais importantes ao metabolismo celular e orgânico, ativados pelo isótopo radioativo do radônio 222.



Localização



O município fica situado às margens do Rio Pardo e o acesso é pela Rodovia Castello Branco, a 280 quilômetros de São Paulo.



Turismo



A cidade é atração turística, além das qualidades da água, por suas belezas naturais, o Balneário Municipal, a Cachoeira Capão Rico, o Parque dos Lagos. A Casa do Artesão também é outr referência turística.

A cidade de Águas de Santa Bárbara possui três tipos de unidades de conservação: APA " área de preservação ambiental; estação ecológica " trevo de acesso no quilômetro 288 da Rodovia Castello Branco, situado dentro da reserva ecológica; floresta estadual e mais de 2700 hectares de área verde.