CPI da Pirataria ouve policiais presos


16/09/2003 21:57

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Investigador da Polícia Civil Ivan Raimundo Barbosa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/piratariaA160903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Imprensa acompanha depoimento <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/piratariaB160903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> CPI federal que investiga a pirataria<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/pirataria160903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

Os membros da CPI federal que investiga a pirataria ouviram nesta terça-feira, 16/9, na Assembléia Legislativa, o investigador da Polícia Civil Ivan Raimundo Barbosa e o delegado de primeira classe Nicola Romanini. Os dois cumprem prisão temporária por causa de denúncias de extorsão praticada contra José Eleotério da Silva, o Lobão, que está preso sob a acusação de contrabando.

Nos depoimentos prestados à CPI, ambos negaram envolvimento com o contrabandista e a prática de atos ilícitos nas delegacias em que prestaram serviço.

Confrontado com informações em poder dos deputados, Barbosa limitou-se a dizer que só responderia as perguntas em juízo. O policial não soube explicar o conteúdo dos diversos diálogos extraídos de suas ligações telefônicas. Ele também não quis dar sua versão sobre a informação de que teria tentado contratar um técnico para realizar escutas telefônicas com o objetivo de incriminar policiais do alto escalão da polícia paulista, como forma de pressão para rearticular a equipe que trabalhava no 33a DP, da qual fazia parte o delegado Romanini.

Com o argumento de que era apenas delegado titular e não o chefe dos investigadores, Nicola Romanini afirmou aos deputados que não poderia dar maiores detalhes sobre os casos investigados pela 33ª DP na época em que ele e Barbosa trabalhavam ali.

Os deputados apontaram diversas contradições nos depoimentos prestados sobre as apreensões efetuadas pela equipe na qual trabalhavam os dois policiais. Barbosa afirmou que nunca houve apreensão de cigarros na delegacia, enquanto o delegado afirmou que por duas vezes foram feitos flagrantes de carga contendo cigarros. O mesmo lapso do investigador ocorreu com relação à apreensão de drogas.

Os trabalhos da CPI devem ser retomados na próxima quinta-feira.

alesp