Museu de Arte - Fábio Genuizzi

Adequando ordem, desordem e uma matemática secreta Fábio Genuizzi revela o mistério de sua arte
13/11/2008 14:48

Compartilhar:

Portrait 2<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2008/Fabio Genuizzi-portraits2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Fabio Genuizzi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2008/Fabio Genuizzi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Portrait 1<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2008/Fabio Genuizziportraits3.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A obra de Fábio Genuizzi se destaca pela redefinição do espaço-tempo e pelo entrelaçamento dos temas concebidos por meio de uma variedade imensa de meandros, arabescos e curvas diversas, que nos transportam de repente a uma espécie de "barroco" dos dias atuais.

Trata-se de uma verdadeira dança, onde o turbilhão das formas contribui a criar um movimento "sui-generis". Todas essas formas, convocadas e mobilizadas, são animadas para a ocasião.

Traçando linhas, livrando-se à elaboração de imagens debochadas e reforçadas de contornos, a obra alcança uma abstração lacônica e minimal. Tudo muito próximo da figuração, uma figuração livre, sem história, nem narração, mas uma figuração que absorve o traço e a perspectiva.

Medindo suas efusões, calculando suas improvisações e interrompendo, aqui e acolá, seus élans líricos ou retóricos, o jovem artista devolve à pintura moderna, no mesmo movimento, o sentido do corpo, da cor, da forma e da matéria, conseguindo dar a esse gesto uma grande vitalidade.

Sem renunciar a um mínimo de normas e de pontos fixos que asseguram o conteúdo de seus quadros, ao mesmo tempo em que o seu jogo livre, o artista consegue criar, mediante uma sua ordem e de uma sua desordem pessoal, normas e turbulências, dentro de uma sólida estrutura e de um quadro preciso.

Seu gosto pela performance é evidente, sobretudo se analisarmos o fio de Ariadne que traça para fazer penetrar o espectador no labirinto de sua arte. Assim o demonstra Fábio Genuizzi em suas obras "Portrait I" e "Portrait II", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, ao conseguir combinar a mais extrema desordem com uma espécie de matemática secreta que se evidência no abstracionismo, o que nela se destaca é o mistério aparente que revela.



O Artista



Fábio Genuizzi nasceu em Bérgamo, Itália, em 1970. Freqüentou o Liceu Científico e, mais tarde, formou-se em Artes Gráficas junto ao Instituto Europeu de Design, em Milão.

Desde 1982, dedica-se ao grafismo publicitário de modo especial no campo da moda esportiva e "outdoors" de importantes empresas alemãs, italianas, francesas e japonesas. Foi contratado pela Harley-Davidson Motorclothes dos Estados Unidos, para a nova imagem de comunicação da empresa.

Criador de imagens para diversas outras empresas, ficou fascinado pelo design em geral, quando em 1999 realizou uma exposição de pequenas mesas de centro em madeira, com design minimalista e um grafismo com cores vivas. Após essa exposição, iniciou uma colaboração com uma empresa de objetos de design, para quem projeta uma série de relógios de mesa e de parede, para cuja produção utiliza materiais os mais variado como: alumínio, plástico, ferro e cores acrílicas.

Sua produção artística é exposta pela primeira vez, em 1995, juntamente como outros três artistas, onde apresenta 45 quadros e esculturas. No ano seguinte, é convidado a participar com suas obras na importante manifestação organizada pela Telethon Itália, para reunir fundos para pesquisa científica sobre doenças que afligem os nossos dias. De 1996 a 2002, continua trabalhando na busca de um estilo que melhor o possa representar, propondo quadros e estruturas que aparentemente não possui nenhum elo entre si.

Em 2003, Fábio Genuizzi expôs em São Paulo no Espaço Cultural do CRC, no Centro Cultural de Ilha Solteira, no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal em Votuporanga, no Centro Cultural de São José do Rio Preto, e em 2004 no Centro Cultural Ítalo Brasileiro de Araçatuba.

Possui obras em diversas coleções particulares, na Europa, nas Câmaras Municipais de Ilha Solteira e Votuporanga, além do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp