Prosseguindo com os eventos alusivos à Semana do Meio Ambiente, o Instituto do Legislativo Paulista convidou ambientalistas para debaterem o tema. Rose Gottardo, professora universitária de comunicação ambiental, abordou, em reunião realizada nesta quinta-feira, 4/6, no auditório Teotônio Vilela, a responsabilidade de quem produz em larga escala. Ela entende que o foco não pode ser o consumidor final que, embora deva colaborar, não pode ser visto como o maior responsável pela degradação ambiental. Para a professora, a comunicação e a difusão do conhecimento na área de preservação ambiental não precisam, necessariamente, ser realizadas pelos governos. Rose também defendeu que a educação ambiental deve ser ampla, "da pré-escola à universidade, dentro e fora da escola". Ela aponta, entretanto, que falta formação aos educadores. Alerta ambiental Em outra explanação, Leonardo Figueiredo apresentou uma foto com vários liquidificadores com água e peixes dentro. "Essa imagem é um alerta, todos nós temos um quadro assim, com a opção de apertarmos ou não o botão". Figueiredo constata que as empresas lançam produtos com modelos novos a todo tempo, incentivando os consumidores a descartar os que já possuem, o que também gera muito lixo. Lembrando os recentes testes nucleares realizados pela Coréia do Norte em águas oceânicas, Figueiredo afirmou que aquele país tem apertado o botão. Integrante da ONG Niega (Núcleo Internacional de Educação e Gestão Ambiental), Rosemary Pitelli pregou a integração dos movimentos sociais. "Não adianta um grupo invadir áreas de mananciais para resolver um problema de habitação e trazer consequências para o restante da população". Rosemary conclui que a união de quem reivindica melhorias no transporte, saúde e educação, por exemplo, traria mais resultado.