Deputado Wadih Helú


08/06/2011 19:49

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Velório do ex-deputado Wadih Helú<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/VelorioWadihHeluZED2146.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ex-deputado Wadih Helú<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2011/WADIH HELU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Aos 89 anos de idade, faleceu no dia 7 de junho de 2011, em sua residência na capital paulista, o ex-deputado Wadih Helú. Nascido em Tatuí (SP), em 15 de maio de 1922, era filho de Tufic Salim Helú e Zoraide de Campos Helú.

Após realizar seus estudos regulares, exerceu o cargo de escrevente no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no período de 1940 a 1955. Ingressando em 1950 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, colou grau em 24 de janeiro de 1955. Formado, passou a exercer a profissão de advogado na cidade de São Paulo. Foram seus colegas de turma: Roberto Valle Rollemberg, Mário Sérgio Duarte Garcia, Francisco Thomaz de Carvalho Netto, Walter Ceneviva, Cássio de Mesquita Barros Júnior, Delfim Cerqueira Neves e Andyara Klopstock Sproesser, este funcionário aposentado da Assembleia Legislativa.

Ingressando na vida pública pelo Partido Democrata Cristão (PDC), concorreu em 4 de outubro de 1959 a uma vaga a Câmara Municipal de São Paulo, ficando como suplente, mas foi chamado a exercer o mandato de vereador entre 1960 e 1963.

No governo de Laudo Natel foi conselheiro da Caixa Econômica do Estado, em 1966 e 1967, quando solicitou sua dispensa da função para assumir o mandato de deputado estadual, para o qual foi eleito pela primeira vez no pleito de 15 de novembro de 1966, pelo partido governista Aliança Renovadora Nacional (Arena), com 13.276 votos para a 6ª Legislatura, entre 1967-1971. No primeiro biênio foi membro efetivo das comissões de Constituição e Justiça e da de Assuntos da Capital, e suplente na Comissão de Divisão Administrativa e Judiciário.

No aniversário da cidade de São Paulo, em 25 de janeiro de 1968, o deputado Wadih Helú participou das festividades de transferência da sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, do velho prédio do Palácio das Indústrias, no Parque D. Pedro, na zona central da capital, para a nova sede do Palácio 9 de Julho, no Parque do Ibirapuera.

No período de 1968 a 1970, foi efetivo na Comissão de Constituição e Justiça e suplente na de Redação.

Wadih Helú foi testemunha do fechamento da Assembleia paulista, pelo Ato Institucional 5, (AI-5) de 13 de dezembro de 1968, durante o Regime Militar. A Alesp permaneceu em recesso pelo período de 7 de fevereiro de 1969 a 31 de maio de 1970 e, nesse período, foram cassados 25 deputados estaduais e um suplente, pelo AI-5, que tiveram também seus direitos políticos suspensos por 10 anos.

Pela Arena, foi reeleito deputado estadual em 15 de novembro de 1970, com 26.413 votos, para a 7ª Legislatura, 1971-1975. Integrou, entre 1971 e 1972, a Comissão de Constituição e Justiça como membro efetivo, e a de Redação como suplente. No segundo biênio, foi também membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

Foi mais uma vez reeleito para uma cadeira na Assembleia Legislativa, em 15 de novembro de 1974, pelo seu partido, Arena, obtendo 37.207 votos, exercendo seu mandato na 8ª Legislatura (1975-1979), sendo segundo vice-presidente da Assembleia em 1975-1977. Entre 1977 e 1978, foi efetivo nas comissões de Constituição e Justiça, Segurança Pública, e Relações do Trabalho. Como suplente nas de Administração Pública, de Transporte e Comunicações, e de Assuntos Metropolitanos.

Em 1978, apoiou a candidatura vitoriosa de Paulo Maluf para o governo de São Paulo, e foi convidado pelo novo chefe do Executivo paulista para ocupar o cargo de secretário estadual de Administração em 1979-1982. Desincompatibilizou-se, em maio desse ano, para candidatar-se novamente ao mandato de deputado estadual, sendo reeleito com 54.332 votos pela Arena, no pleito de 15 de novembro de 1978, para a 9ª Legislatura, 1979-1983. No primeiro biênio, entre 1981-1982, pertenceu às Comissões de Transportes e Comunicações, como membro efetivo, e à de Serviços e Obras Públicas, como suplente.

Com o fim do bipartidarismo filou-se ao Partido Democrático Social (PDS), que sucedeu a Arena, e que apoiava o governo federal, então encabeçado pelo general Ernesto Geisel e, posteriormente, seu sucessor, general João Baptista de Oliveira Figueiredo.

Pelo PDS, candidatou-se e foi eleito em 15 de novembro de 1982, para mais uma vez ocupar uma cadeira no Palácio 9 de Julho, obtendo 79.969 votos. Exerceu esse mandato na 10ª Legislatura (1983-1987). Integrou como membro efetivo a Comissão de Constituição e Justiça no primeiro biênio, e no segundo, entre 1985-1987 foi efetivo na Comissão de Administração Pública, e suplente na de Finanças e Orçamento, na de Serviços e Obras Públicas, e na de Promoção Social.

Obteve, na sua eleição à Constituinte estadual, realizada em 15 de novembro de 1986, 28.060 votos, a maioria na capital, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Durante a elaboração da nova Constituição paulista foi membro e relator da Comissão de Administração Pública e atuou nas comissões do Poder Judiciário e de Sistematização. Exerceu seu mandato na 11ª Legislatura entre 1987-1991.

Nessa legislatura, no período de 1987-1988, foi integrante das comissões de Constituição e Justiça e de Relações do Trabalho, como efetivo. Nas de Redação e de Fiscalização e Controle, foi suplente. Entre 1989-1990 foi efetivo na Comissão de Constituição e Justiça.

Reeleito deputado estadual, agora novamente pelo PDS, em 3 de outubro de 1990, para a 12ª Legislatura de 1991/1995, foi mais uma vez segundo vice-presidente da Assembleia, em 1991-1993, e exerceu a liderança do Partido Progressista Reformador (PPR), que sucedeu ao PDS, entre 1993-1995. Nessa legislatura, foi membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça.

No pleito de 3 de outubro de 1994, pelo Partido Progressista Reformador, criado com a fusão do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC), em 1993, obteve uma suplência com 27.205 votos, mas assumiu a cadeira de deputado no Palácio 9 de Julho, durante a 13ª Legislatura, entre 1995-1999.

Candidatou-se pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB), sucedâneo do PPR, mais uma vez à Assembleia Legislativa, nas eleições de 1998, mas ficou na suplência novamente. Entretanto, em virtude da cassação pelo Plenário da Assembleia do mandato do deputado Hanna Garib, assumiu a cadeira no Parlamento paulista, na 14ª Legislatura, entre 1999/2003.

Fez parte das Comissões de Esportes e Turismo, Assuntos Metropolitanos, Relações do Trabalho, como membro efetivo, no primeiro biênio, 1999-2000, e suplente na de Educação. No segundo biênio, entre 2001-2002, foi membro efetivo das Comissões de Constituição e Justiça, e de Assuntos Metropolitanos. Nas de Assuntos Internacionais e na de Educação foi membro suplente.

Nas eleições de 2002, pleiteou novamente uma vaga no Parlamento de São Paulo, pelo PPB, mas obteve mais uma vez apenas uma suplência, concluindo seu mandato em 14 de março de 2003 e deixando definitivamente a vida pública.

Ligado ao futebol, foi presidente do Sport Club Corinthians Paulista entre 1961-1971, em um período difícil para o "Timão", que só conquistou nessa época o torneio Rio-São Paulo, no ano de 1966. Era conselheiro vitalício do clube do Parque São Jorge.

Foi casado com Onélia Francisco Helú, com quem teve dois filhos, Waldir e Cláudio.

O velório do deputado Wadih Helú foi realizado no Hall Monumental da Assembleia Legislativa do Estado São Paulo, onde foram prestadas as últimas homenagens à sua memória, e o seu corpo sepultado no dia 8/6, às 11h, no cemiterio do Araçá, em São Paulo.



*Antônio Sérgio Ribeiro, advogado e pesquisador, é diretor do Departamento de Documentação e Informação da Assembleia Legislativa

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