Domingo - 15 de agosto de 1954
13/08/2004 17:45
O general Zenóbio da Costa, ministro da Guerra, elogiou publicamente a conduta dos generais Canrobert e Juarez durante a reunião do Clube Militar, dizendo que "deles nunca seria possível esperar uma traição". E que "era necessário, antes, apurar o crime". Finalizou dizendo: "Pode o país ficar certo de que, em defesa da Constituição, agirei com toda a presteza e rigor. Este é o meu papel e eu o cumprirei até o fim".
Gregório Fortunato foi conduzido, detido, do Palácio do Catete para o Hospital Central da Marinha, na Ilha das Cobras, onde ficou severamente vigiado por fuzileiros navais e posto incomunicável. Alegando que sofria gravemente do coração, realizou vários exames, inclusive um eletrocardiograma com várias derivações, e ficou comprovado que seu coração era perfeito. Depois, sob forte escolta, foi transferido para a Base Aérea do Galeão, sendo interrogado pelos membros da Comissão do Inquérito Policial Militar, durante o qual chegou a chorar.
O pistoleiro Alcino João do Nascimento foi submetido a severo interrogatório pelos oficiais da Aeronáutica, responsáveis pelo IPM, no Galeão. Alguns pontos do depoimento não puderam ser divulgados pela imprensa por motivo de sigilo. Nelson Raimundo, o motorista do automóvel utilizado no atentado, reconheceu Alcino como um dos passageiros que conduziu até Copacabana na madrugada dos trágicos acontecimentos. O jornalista Carlos Lacerda, que também compareceu à base militar na Ilha do Governador, foi acareado com Alcino, reconhecendo-o como um dos participantes por sua compleição física.
O deputado Gustavo Capanema, líder do governo na Câmara Federal, pediu ao marechal Dutra que retirasse a declaração que havia dado para o jornal de Lacerda, Tribuna da Imprensa, favorável à renúncia de Getúlio Vargas. O ex-presidente da República recusou-se e afirmou que "não costumava desdizer o que realmente achava e reiterava que era o único caminho constitucional para a restauração da paz e da autoridade no Brasil". Os deputados "dutristas" telegrafaram solidarizando-se com sua atitude. Na Bahia, foi preso o tenente-coronel do Exército Carlos Faria de Albuquerque, porque num comício exigiu a renúncia do presidente.
Dirigentes sindicais contrários ao governo recusaram-se a assinar um memorial de solidariedade ao presidente Getúlio Vargas, segundo eles, redigido "pelos pelegos" do Ministério do Trabalho. A oposição acusou o governo de ter mandado buscar no Recife o capanga Pereirão, que lá se encontrava a serviço do ex-ministro João Cleofas, a fim de reunir provas que responsabilizassem o industrial pernambucano Armindo Moura, que havia cometido suicídio alguns dias antes, como mandante do atentado na Tonelero, para "salvar" Lutero Vargas.
Os advogados Sobral Pinto, Adaucto Lucio Cardoso e Celso Fontenelle redigiram um memorial, em que foi "exposta e fundamentada juridicamente a posição do sr. Getúlio Vargas em relação ao atentado", para ser encaminhado aos ministros militares e a seus respectivos chefes do Estado Maior. Na realidade, a intenção era envolver o presidente no crime da Tonelero.
Em Belo Horizonte, foi realizado um comício, organizado pela União Democrática Nacional (UDN) mineira, exigindo a renúncia de Vargas. Com o plano de complicar mais a situação e instigar a população, os jornais ligados à oposição publicaram fotos em que se viam os envolvidos no atentado, Valente, Soares e Climério ao lado do presidente da República, inclusive em solenidades oficiais.
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