Parque Tizo implementa compensações ambientais do trecho oeste do Rodoanel

Frente parlamentar procura garantir participação da população afetada pelo impacto da obra
24/02/2012 16:41

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Governador Geraldo Alckmin e o secretário Bruno Covas (Meio Ambiente) plantam uma muda de jequitibá-rosa na cerimônia de implantação do Parque Tizo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2012/TIZO2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Será uma área de uso comum da população, de lazer, de contato com a natureza. Não tenho dúvida de que será um point aqui da Região Metropolitana, disse Alckmin<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2012/TIZO1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com investimentos que chegarão a R$ 34 milhões, o Parque Urbano de Conservação Ambiental e Lazer da Fazenda Tizo (Terras Institucionais da Zona Oeste) " cuja cerimônia de implantação ocorreu nesta sexta-feira, 24/2 " inclui uma das ações compensatórias pelo impacto ambiental das obras do Rodoanel. O plantio de dez mil mudas de espécies nativas e a manutenção do parque por um período de dois anos são provenientes de Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TRCA) de obras do trecho oeste do anel viário. Além do TRCA, o governo do Estado já investiu R$ 6,1 milhões nas obras do parque por meio de uma parceria entre Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA) e Secretaria de Habitação, via CDHU.



Frente acompanha obra



Iniciativas semelhantes à do parque Tizo estão sendo seguidas de perto pela Frente Parlamentar para Acompanhamento das Obras do Rodoanel, presidida por Vanessa Damo (PMDB). A frente tem por objetivo acompanhar as ações do governo do Estado e das empresas envolvidas nas obras dos trechos sul, leste e norte da via.

De acordo com Vanessa, além de ser o principal instrumento de debate, fiscalização e controle das operações do Rodoanel, a frente visa "garantir a participação da população no debate sobre esta importante obra viária e seus impactos junto às comunidades, como no caso das desapropriações, das compensações ambientais, das mudanças nos sistemas viários e demais aspectos relacionados ao empreendimento".



Comissão de Meio Ambiente



Em reunião da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade realizada em 14/12/2011, o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, esclareceu que o trecho norte do Rodoanel segue o traçado de menor impacto ambiental e também social. Ele asseverou que as compensações ambientais são de responsabilidade do empreendedor, mas sempre com a aprovação do Consema.



Próximas ações



A presidente da Frente de Acompanhamento das Obras do Rodoanel participou, em 13/9/2011, da cerimônia de assinatura do termo de compromisso entre União e Estado para a construção do trecho norte do Rodoanel, ato que formalizou a liberação de R$ 1,72 bilhão de recursos federais.

Vanessa Damo salientou a importância da assinatura do termo, e explicou que a frente parlamentar deverá focar mais no trecho norte e suas peculiaridades. "Temas como desapropriações, compensações ambientais e obras de suporte no sistema viário, por exemplo, estarão em nossa pauta", explicou. Além disso, a deputada salientou a importância da frente para o futuro do empreendimento. "Temos que acompanhar de perto cada etapa desta obra grandiosa que é o Rodoanel, que trouxe e vai trazer mais desenvolvimento a diversas regiões do Estado, permitir maior rapidez no escoamento da produção e retirar o trânsito das marginais. Mas não podemos esquecer as famílias atingidas e temos o dever de fiscalizar para que erros ocorridos no trecho sul não se repitam. Devemos fiscalizar para que os impactos do Rodoanel não sejam maiores que seus benefícios", afirmou.

A Frente Parlamentar para Acompanhamento das Obras do Trecho Leste, Trecho Norte e Finalização do Trecho Sul do Rodoanel é composta também pelos seguintes deputados: Afonso Lobato (PV), Alex Manente (PPS), Analice Fernandes (PSDB), Antonio Salim Curiati (PP), Ary Fossen (PSDB), Baleia Rossi (PMDB), Carlão Pignatari (PSDB), Carlos Cezar (PSC), Célia Leão (PSDB), Dilmo dos Santos (PV), Fernando Capez (PSDB), Gil Arantes (DEM), Heroilma Soares (PTB), Isac Reis (PT), Itamar Borges (PMDB), Jorge Caruso (PMDB), José Zico Prado (PT), Luiz Carlos Gondim (PPS), Milton Vieira (PSD) e Ulysses Tassinari (PV).



Participação popular



O modo como está sendo instalado o parque Tizo atende a uma demanda de diversos deputados que atuam em defesa da população atingida direta ou indiretamente pelas obras do Rodoanel: a participação popular no processo decisório. O parque Tizo contou com a participação da comunidade em diversos momentos, como na mobilização para sua criação, na elaboração do Plano Diretor em reuniões de projeto participativo e na gestão, por meio do Conselho de Orientação. O Conselho é integrado por representantes do governo do Estado, das prefeituras envolvidas (São Paulo, Osasco e Cotia) e da sociedade civil, incluindo associação de moradores e organizações ambientalistas. O presidente do conselho é o professor Paulo Nogueira-Neto.





O parque Tizo



O parque Tizo é voltado à preservação da floresta, pesquisa, sustentabilidade e educação ambiental. Com 1,3 milhão m² de remanescentes da Mata Atlântica, o parque tem áreas em São Paulo, Osasco e Cotia e está bem próximo de Embu e Taboão da Serra, integrando a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo. Abriga também espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção.

O parque será construído com ênfase na sustentabilidade, buscando menor impacto possível das obras. Serão construídas instalações apenas nas áreas já alteradas. As construções terão estrutura de madeira de reflorestamento pré-fabricada, inclusive para minimizar os impactos no canteiro de obras.

Está prevista a reserva de águas pluviais, uso eficiente de energia e água, reúso de água em algumas edificações, aproveitamento de energia eólica e solar, sistema de tratamento local de efluentes onde não há rede pública de coleta, uso de materiais certificados e renováveis, aproveitamento de condições naturais locais para iluminação e ventilação com qualidade ambiental interna e externa do edifício, acessibilidade a todas as pessoas.

A terraplenagem será realizada por compensação de corte e aterro para melhor conformação dos platôs e o tratamento paisagístico irá torná-los mais agradáveis, minimizando os impactos dos ruídos do trânsito do Rodoanel, que corta a área do parque.



Fonte: Secretaria de Estado do Meio Ambiente

Portal do Governo do Estado de São Paulo - fotos: Du Amorim

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