Coerente com o tema e sua sensibilidade, Alfredo Del Santo sintetiza a figura humana

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
09/11/2006 17:22

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Figura II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-AlfredoDelSantoFigura 2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Alfredo Del Santo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-AlfredoDelSanto.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Figura I<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-AlfredoDelSanto Figura 1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"O desenho não é a forma, é o modo de ver a forma", dizia Degas com muita propriedade. Ao sintetizar a figura humana, Alfredo Del Santo aplica justamente o pensamento do grande pintor. Maduro que é no desenho, base sobre o qual constrói, não titubeia ao esboçar os seus trabalhos.

Alfredo Del Santo trabalha de conformidade com o que dita sua sensibilidade voltada para a síntese da invenção, para a transformação da realidade visual sustentada pelo suporte construtivo de um desenho incisivo, sobre o qual se insere ductilmente a plasticidade de um delicado cromatismo.

Suas obras não colocam o observador frente a problemas difíceis, mas somente à felicidade de vê-las. As figuras dos quadros de Alfredo Del Santo são coerentes com o tema e denotam sua espontaneidade, revelando assim sua grande facilidade na arte do desenho.

Essencialmente retratista, Alfredo Del Santo consegue fixar sobre a tela ou sobre o papel momentos mágicos da expressão humana. Artista expressivo, realiza seus vultos através de um discurso pictórico fluido e homogêneo, que confere às obras uma fascinante suavidade cromática e formal. Nelas se fundem com equilíbrio razão e fantasia, sentimento e habilidade e uma pitada de ironia.

Segundo uma harmônica distribuição dos planos definidos pela linha de contorno que flui rítmica, o desenho de suas figuras se afirma de um vivo sentido da observação realista, que permite exaltar a representação no seu valor mais intimo, quase com tom afetivo em direção aos mínimos detalhes do cotidiano. Das obras Figura I e Figura II, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, emerge uma visão ligeiramente angustiada da vida. Uma vida que aparece e desaparece.



O artista

Alfredo Del Santo, pseudônimo artístico de Alfredo Carlos Del Santo Silva, nasceu em Pederneiras, SP, em 1945. Formou-se em desenho e artes plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1966-1970 e 1975-1976), onde obteve licenciatura em educação artística " artes plásticas ", e na Faculdade Mozarteum, de São Paulo (1987), onde obteve licenciatura e habilitação em desenho em 1º e 2º graus.

Paralelamente a suas atividades artísticas, é professor titular na Faculdade Mozarteum de São Paulo, Faculdades Integradas de Guarulhos, Faculdades de Arte Alcântara Machado e Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

Participou de diversas exposições, entre as quais destacam-se: XXVI Salão Oficial na Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1968); 15º Salão de Arte de São Bernardo do Campo, SP; Conselho Estadual de Cultura, São Paulo; Galeria Mídia, Santos, SP; Centro Acadêmico de História da USP (1972), São Paulo; Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul, SP; Centro Cultural de Bragança Paulista, SP; 2º Salão Bunkyo da Sociedade de Cultura Japonesa, São Paulo (1973).

Recebeu os seguintes prêmios: Menção Honrosa no 15º Salão de Arte de São Bernardo do Campo; Prêmio Aquisição do Conselho Estadual de Cultura (1972); e Menção Honrosa no 2º Salão Bunkyo (1973). Sob orientação e coordenação de Evandro Carlos Jardim, participou da publicação do álbum Gravura, reunindo o acervo de gravuras em metal e xilogravuras do Museu de Arte de São Paulo.

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