Lançada Frente em defesa das escolas técnicas e faculdades tecnológicas


20/02/2008 18:41

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Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Escolas Técnicas e Faculdades Tecnológicas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Frente EscolasTecnicas Rob-_0038.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputada Maria Lúcia Prandi e Neusa Santana, representante do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sintesp)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Frente EscolasTecnicas Rob-dep prandi e neusa santana.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com o intuito de expandir o ensino tecnológico no Estado e dar mais credibilidade às faculdades técnicas, a Assembléia Legislativa lançou nesta quarta-feira, 20/2, a Frente Parlamentar em Defesa das Escolas Técnicas e Faculdades Tecnológicas. Participaram dos debates professores, vereadores, deputados e representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e de sindicatos de docentes e tecnólogos (Apeoesp e Sintesp).

Simão Pedro (PT), presidente da frente, iniciou os debates ressaltando a importância do ensino médio concomitante com o ensino tecnológico para os jovens ingressarem mais preparados no mercado de trabalho. De acordo com ele, a preocupação é comum entre todos os parlamentares, tanto que a frente recebeu por escrito o apoio de 42 deputados.

Aldo Demarchi (DEM) criticou o tratamento dado ao ensino técnico no país. "Considero um equívoco, pois o jovem precisa estar preparado para entrar no mercado de trabalho", salientou. Para Demarchi, o ensino técnico não é respeitado como deveria, pois "pessoas qualificadas dificilmente ficam sem emprego", completou.

Maria Lúcia Prandi (PT) falou da importância da Casa para manifestações e informou o valor de hora/aula pago pelos professores das escolas técnicas (R$6,09) e das Fatecs (R$8,10), considerado por ela injusto.

"Os brasileiros não têm o básico, que é o ensino médio", afirmou a deputada federal Iara Bernardi (PT/SP), representando o MEC. Segundo ela, até o final do governo Lula, deverão ser inauguradas 150 escolas técnicas, sendo 23 delas destinadas a São Paulo. Bernardi pediu apoio dos parlamentares na adesão ao Programa Brasil Alfabetizado, parceria entre o Ministério da Educação e o governo estadual que visa ampliar o ensino tecnológico no país.

Tânia Azevedo, representante da Universidade Estadual Paulista (Unesp), falou do projeto que há em Itaquera, região leste da capital, que propõe a construção de um campus universitário voltado a alunos da rede pública que, após terem cursado o ensino médio paralelo ao ensino técnico, terão vagas garantidas na universidade. Para ela, é dever da Unesp promover a inclusão social e propor modelos de política pública.

A representante da União Nacional dos Estudantes (UNE) destacou os altos índices de desemprego entre os jovens devido à falta de qualificação. "Recebemos com muito carinho o lançamento da frente", disse. Já para o presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro, não há um sistema articulado de ensino que se estenda até a pós-graduação. "Sempre tivemos problemas de separação entre o ensino básico e o ensino tecnológico. Deve haver investimento no ensino único", defendeu. Ele também ressaltou a importância da participação da comunidade na luta pela educação.

Maria Lúcia de Almeida, do Centro Professorado Paulista, resumiu o debate em uma única frase: "precisamos reconstruir a educação do país".

alesp