Matilde Toledo libera da cor uma miraculosa eloqüência poética

Acervo Artístico
05/09/2005 15:17

Compartilhar:

Obra "Primavera em sonho"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/mat1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

No espírito de Matilde Toledo todo o mistério e todo o real da pintura encontram-se na pincelada e no seu prolongamento. O ato de pintar alcança a sua suprema dignidade, porque é do método agindo sobre os componentes que a obra retira o seu estado de ressonância.

Acreditamos que, para a artista, as definições de figurativa ou abstrata nunca se colocaram como contradições e nunca provocaram ruptura. Na sua arte as mudanças de aparências se constituem em sinais de liberação e de aperfeiçoamento.

A pintura de Matilde Toledo não é tributária da maneira pela qual é executada. Um período intermediário, durante o qual certos elementos se abstraem no seio de uma realidade figurada, indica claramente como a passagem, de uma maneira a outra tenha acontecido sem ruptura e sem alteração de significado.

Naturalmente, a pintora deve ter se despojado progressivamente dos atributos heterogêneos, dos quais ela havia podido retirar a sua substância, mas nunca sua razão de ser. Nota-se na sua obra a proeminência da cor com a qual confirma a qualidade inata de sua função de pintora, que é fundamentalmente o emprego da cor, matéria básica de sua arte.

O ritmo, a proporção e os limites das formas, sua organização seja na superfície, seja em profundidade, são usados pela artista com a finalidade de ordenar, de dominar a potência anárquica da cor e, sobretudo, conduzi-la ao grau de intensidade que produz a luz, da qual tudo deve ser dominado e tornado vivo. Na obra "Primavera em sonho", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Matilde Toledo libera da cor a mesma miraculosa eloqüência poética.



A artista



Matilde Toledo, pseudônimo artístico de Maria Matilde Alves de Toledo de Azevedo, nasceu em Minas Gerais em 1949. Economista por formação, trabalhou durante 26 anos na área de saneamento e desenvolvimento urbano.

Sua experiência artística é recente. A partir de março de 2002 começou a lidar com tintas e pincéis sob a orientação do pintor Bernardii. Posteriormente continuou seus estudos com o pintor Silvio Baptista e a partir de agosto de 2003 frequenta as aulas do pintor Luiz Badia, no Atelier Baluarte, no Rio de Janeiro.

Participou de mostras coletivas em Curitiba (PR), em Rio das Ostras (RJ), no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), em Teresópolis (RJ), e em Washington (USA), tendo sido premiada com medalhas.

Esteve presente, ainda, nas seguintes exposições: III Salão de Arte Contemporânea, Casa da Paraíba e Fundação Casa do Estudante do Brasil, Rio de Janeiro/RJ; 18º Salão da Primavera, Escola Naval, RJ; VI Salão de Artes Plásticas Feirense, RJ; III Salón Internacional de Artes de La Casa de España de Rio de Janeiro, RJ;X Salão da Primavera de Teresópolis, SOARTE, Teresópolis/RJ;II Salão de Arte Nordestina da Casa da Paraíba, Recreio Shopping, RJ;III Salão de Artes Plásticas Elisabeth Kinga, Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais, RJ (2002);11º Salão do Mar, Clube Naval, RJ;"14 Elementos", Cromo Espaço de Arte, Curitiba, PR;IV Salão de Artes Plásticas da Escola Superior de Guerra, RJ;3º Salão de Artes Plásticas de Vinhos e Vinhedos, Clube Naval, RJ;XI Salão Nacional da Primavera, SOARTE, Teresópolis, RJ;2º Salão de Artes Plásticas da ADESG, Clube Naval, RJ;VII Brasil Arte, RJ;51º Salão de Artes Plásticas do Clube Militar, RJ (2003);1º Salão de Artes Plásticas ABD, Club Comary, Rio das Ostras, RJ;Arte no Fórum II, Barra da Tijuca, RJ;X Concurso de Arte Livre Saint Germain, São Paulo/SP;V Salão de Artes Plásticas Elisabeth Kinga, Museu Militar Conde de Linhares, RJ;VIII Salão de Artes Plásticas Feirense, RJ; 52º Salão de Artes Plásticas do Clube Militar, RJ; Made in Brazil II, Brazilian Art Group Exhibition, United States Federal Court, Washington, EUA (2004);

alesp