A essência da pintura naïf de Iwao Nakajima repousa sobre sua própria substância poética

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
19/04/2006 16:12

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Monumento às Bandeiras <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/IWAO Monumento bandeiras.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Iwao Nakajima<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/foto IWAO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paraíso<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/IWAO Paraiso.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por uma necessidade de evasão e de reconstrução dos valores mais íntimos e fecundos, descobre-se inicialmente a pintura naïf pela intuição, depois nos envolvemos conscientemente.

No caso do artista Iwao Nakajima, a essência de sua pintura naïf repousa sobre uma substância poética própria. O pintor é muitas vezes um poeta que escreve poesia com o pincel: uma poesia ingênua e pura, que tem suas raízes na memória, na sensação íntima da própria realidade.

Assumindo tanto tons de tristeza ou de alegria, e das sensações as mais variadas, a sua é sempre uma poesia feliz porque vital. Ao abrigo de todo o sistema, o autor se coloca frente à natureza e a interpreta como a vê, sem nada mais.

Servindo-se de dons autênticos, baseados numa sólida técnica, o artista joga as cores com sutileza e de preferência se exprime através de delicadas passagens harmônicas que outras vezes traduz aplicando tons vivos.

Os quadros de Nakajima nos transportam num mundo que se encontra nos confins da memória. As cenas que estão neles representadas constituem-se de fragmentos e retalhos que vêm à mente e são reunidos num espaço que, apesar de tudo, é terrestre.

As obras Paraíso e Monumento às Bandeiras , doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, transmitem uma atmosfera impregnada de símbolos. Entrelaçadas florescências e cromatismos alusivos fazem desabrochar situações e sentimentos onde se entrelaçam os desejos de uma ativa participação tão diferente da rotina de nossos dias.

O Artista

Iwao Nakajima nasceu em Gumma, Japão, em 1954. Estudou pintura e desenho na Escola de Artes de Cerâmica de Nagoya. Chegou ao Brasil em 1955, como técnico de pintura e esmalte. Naturalizou-se brasileiro em 1977. É membro da Associação Paulista de Belas Artes.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: Grupo Naifs Brazilian, Milão, Itália; Os Melhores da Praça, Galeria Eucatexto, São Paulo; Grupo 8 Artistas, Banco América do Sul, São Paulo; 4º, 6º, 7º e 20º Salão Bunkyo, São Paulo (1974, 1977, 1978 e 1997); Grupo Seibi, Galeria Niterói, São Paulo (1974); 7º Salão Paisagem Paulista, São Paulo; Mostra de Artes Plásticas de Maceió, AL; Galeria do Sol, São José dos Campos, SP (1975); Associação Cristã dos Moços, São Paulo; Grupo Sakai do Embu, Clube Homes, São Paulo; 40º, 42º e 45º Salão Paulista de Belas Artes, Galeria Prestes Maia, São Paulo (1976, 1978 e 1981); VII Salão da Primavera, São Paulo; Clube Hípico de Campinas, SP; 1º Grupo Liberart, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo (1976); XV e XVI Salão Oficial de Embu, SP (1977 e 1978); Grupo 8 Artistas, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo; 2º e 3º Salão do Movimento Paulista de Artes Plásticas, Itaquera, São Paulo, e São João da Boa Vista, SP; Japoneses na Arte Brasileira, Clube Paineiras, São Paulo; Issen, Museu de Artes de Ueno, Tóquio, Japão; 10º Salão Paisagem Paulista, São Paulo (1978); Galeria Panorama, Salvador, BA (1979, 1980 e 1982); Mostra de Arte em Nova York, EUA (1981); Prefeituras Municipais de Embu e Guarulhos, SP (1982); Galeria Kanekiti, Nagoya, Japão (1983); Galeria Shoka-Do, Handa, Japão; Galeria Daimaru, Kobe, Japão (1985); Mostra Individual Clube Paulistano, São Paulo (1986); Kork Gallery, Lincon Center, Nova York; Galeria Sogo, Kobe, Japão (1987); 80 Anos da Imigração Japonesa, Masp, São Paulo; Mostra Matsuzakaya, Japão (1988); Mostra Latino-Americano de Arte Primitiva, Galeria Onuma, Japão; Festival Nipo-Brasileiro, Prefeitura de Maringá, PR (1989); Galeria Suzuran, Gumma, Japão (1990); III Mostra de Arte Bikoo-Tem, Rio de Janeiro (1991); Galeria Hakuzen, Nagoya, Japão (1993); I Bienal Paulista de Arte Contemporânea, Valinhos, SP, Bienal Brasileira de Arte Naïf, Piracicaba, SP (1996); Galeria Wachi, Tóquio, Japão (1998); Mostra Individual, Brasil 500 Anos, no Brasil e Japão (2000); 1º, 2º, 3º Salão Figurativo Bunkyo, São Paulo (2001, 2002 e 2003); Galeria Horikawa, Kobe, Japão (2004).

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