Na sequência de fotografias captadas por Vilson Pallaro Junior, cada imagem é uma surpresa que demonstra como a reprodução fotográfica não tenha nenhum sentido fora de um contexto e de um ambiente de referência. A objetividade fotográfica está em relação direta com a interpretação pessoal do fotógrafo que visualiza as próprias reações emotivas, sentimentais e intelectuais na realidade que encontra em suas andanças frente a si próprio. Em consequência reportagem e fotografia artística se fundem, seja iconograficamente que conceitualmente, criando um caminho rico de possibilidades e de agradáveis surpresas. Vilson Pallaro Junior intervém em suas paisagens para revelar o aspecto surpreendente da criação divina. Enfocando o homem na natureza, esse artista fotógrafo constrói imagens poéticas de grandes dimensões que encantam pelo realismo e pela beleza. Nas obras "Recolhendo a rede" e "Recordações de infância" doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o timbre, a luz, a delicadeza e a placidez da paisagem implantada nas águas do rio são detalhes que sobressaem. O olhar emotivo e sentimental é filtrado em suas fotos, atenuado pela luminosidade que de uma certa forma dilui todo o arroubo, em função de uma elaborada pesquisa ótica. O artista Vilson Pallaro Junior nasceu em 16 de dezembro de 1963, na cidade de Itapuí, interior do Estado de São Paulo. Formou-se em Direito em 1988 e reside na cidade de São Carlos-SP desde 1999. Sua experiência com a fotografia teve início em 1990, tendo participado a partir de então de várias exposições individuais, destacando-se entre elas, "Trilha do Tempo" no Centro Cultural USP de São Carlos (2008) e na Oficina Cultural "Sérgio Buarque de Holanda" em setembro de 2008. Foi premiado no concurso Arte na Magistratura em maio de 2010; e participou da Mostra de Arte da Granja Viana, no Centro Brasileiro Britânico em São Paulo em 2010. A convite da Prefeitura de São Carlos, realizou em agosto de 2011, no saguão do Teatro Municipal "Dr. Alderico Vieira Perdigão", uma exposição de suas obras mais recentes sob o título "Gente". Foi selecionado para participar da Bienal Internacional de Arte de Florença 2011 e da Bienal de Arte Internacional de Roma 2012 e suas obras encontram-se em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.