Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Hermes Dell'icio elabora com ritmo e tensão uma pintura com profundidade atmosférica e estratosférica


20/10/2008 14:53

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Mostra "Voar... recordando" <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2008/expo rogerio de deus b.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Hermes Dell'Icio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2008/Hermes Dellicio.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Solarium<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2008/Hermes obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A estrutura das linhas, o volume das formas e sua disposição nos planos nos dão a sensação da profundidade atmosférica e estratosférica da obra de Hermes Dell'Icio. A vibração dessas linhas e dessas formas em valores cromáticos nos transportam verdadeiramente sobre o ritmo de um poema lírico em direção a um além espacial.

Nossos sonhos ali se agigantam até a obsessão, enquanto que, além da realidade acima de nós, fixa-se uma centelha cósmica. O pintor alcança, então, o máximo de sua eficácia. O ritmo de suas formas e a expressividade do seu cromatismo se unem, formando um todo harmônico onde os elementos de potencial vitalidade se transformam em pura expressão plástica.

A capacidade de evocação do artista se faz mais convincente quanto mais suas obras são abstratas e distantes de qualquer imagem figurativa. Na estrutura de seus espaços, o pintor dispõe a sua arquitetura abstrata e sua cenografia repleta de cores explosivas, de formas expulsando números de computador ao som de amplos ritmos nervosos carregados de energia.

Em Solarium, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a pintura espacial de Hermes Dell'Icio é feita também de tensões porque sua intuição se torna sentimento e certeza.



O artista



Hermes Dell'Icio, pseudônimo artístico de Hermes Delício, nasceu em São Paulo em 1962. Desde muito jovem interessou-se pelas artes plásticas em geral. Embora autodidata em pintura, seguiu um curso de restauro no Instituto Arco, em Lisboa (1994 a 1996), onde teve aulas particulares em cerâmica com o renomado artista Mestre António Andrade (1995 a 1996).

Sua primeira exposição foi na sede da Cruz Vermelha Portuguesa, na cidade de Setúbal, Portugal no ano de 1989 e posteriormente em 1992. Seguiram-se ainda as seguintes mostras: Galeria Bê, Lisboa (1989 e 1990); Castelo de São Filipe, sob o patrocínio da Câmara Municipal de Setúbal, Portugal (1989); Galeria Peregrinos, Santiago de Campostela, Espanha; Castelo de São Jorge, sob o patrocínio da Câmara Municipal de Lisboa (1990); Sede da Embaixada do Egito em Lisboa e na Academia Nacional de Belas Artes em Lisboa (1991); Espaço Cultural do Hotel Cleópatra, Cairo, Egito, sob o patrocínio da Embaixada do Egito em Lisboa; Feira de Arte Contemporânea, Madrid, Espanha (1992); Salon du Printemps, Lyon, França; Academia de Belas Artes de Lyon, França (1994); Galeria de Artes Freddy for Music, Amman, Jordânia (1998).

No campo do restauro recuperou a casa da celebre poetisa Florisbela Espanca, patrimônio do Município de Olhão (1995) e a Igreja do Mindelo, Vila do Conde (1997), ambas em Portugal. Recebeu o Grande Prêmio de Jovem Pintor (1994), das mãos do Senhor Charles Guayta, Presidente da Academia de Belas Artes de Lyon.

Possui obras em coleções particulares em Portugal, Espanha, Jordânia, Egito, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.





O vôo de Bagatelle na visão de Rogério de Deus



Espaço Cultural Candido Portinari, abriga até 31 de outubro, no Mezanino do Hall Monumental a mostra "Voar... recordando", que reúne 22 obras do pintor mineiro Rogério de Deus. A exposição permanece aberta, diariamente, das 09:00 às 19:00 horas, exceto sábados e domingo.

Segundo o crítico Emanuel von Lauenstein Massarani: "Voar... recordando" foi a auto-provocação que Rogério de Deus aceitou para verter para a linguagem da pintura o primeiro vôo de Santos Dumont, há cem anos, no campo de Bagatelle e transformar seus preparativos e suas façanhas em visões pintadas". Na foto, aspectos da exposição.

alesp