Representatividade dos policiais é debatida na Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública


29/11/2010 20:20

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cel. Vicente Antonio Mariano Ferraz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/FrenteSegurancaPublicacel.vicente marianoROB2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Olimpio Gomes (ao centro) coordena Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/FrenteSegurancaPublicacel.vicente mariano.dep olimpio.ver.marcelo santosROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa dos trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/FrenteSegurancaPublicamesaROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O desafio de formar uma base sólida de representação política das polícias Civil e Militar foi discutido em reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública, coordenada pelo deputado Olimpio Gomes (PDT). O encontro foi realizado nesta segunda-feira, 29/11, sob o tema "Cidadania e Representatividade do Policial".

"A frente parlamentar é uma porta aberta para que a sociedade possa discutir formas de melhorar a segurança pública", disse o parlamentar. Ele observou que o órgão também deve avaliar como aglutinar forças para que a categoria policial tenha maior representatividade na esfera política. "Em 20 anos, perdemos cerca de um terço de nossa representação legislativa municipal. Hoje, em todo o Estado, são apenas 32 vereadores ligados à defesa dos legítimos interesses dos policiais", completou.

Olimpio definiu a situação dos policiais, no que se refere à participação política, como "peculiar". "Podemos ter entidades associativas, mas a Constituição veda que tenhamos sindicatos", lembrou. Ele acrescentou ainda que os PMs não podem ser filiados a partidos políticos.

O coronel Ricardo Jacob, vice-presidente da Associação dos Oficiais da Reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, disse que percorrendo o Estado com um evento sobre a representatividade do policial, em 2008, teve reforçada a noção da importância do vereador. "Nos municípios em que tínhamos representantes, podíamos ouvir o eco de nossas ideias. Por isso, temos que procurar eleger nas cidades um representante da Polícia Militar, da Polícia Civil ou da Polícia Técnico-Científica, alguém irmanado com nossos ideais", afirmou.

A pulverização de votos entre diversos candidatos é um dos problemas que dificultam a eleição de representantes dos policiais. Segundo Adriana Porto, da Associação de Familiares e Amigos dos Policiais do Estado de São Paulo, nas últimas eleições municipais havia 11 candidatos a vereador em Campinas, comprometidos com a categoria, mas nenhum foi eleito. O deputado Olimpio Gomes completou com outro dado: entre os 32 candidatos a deputado federal, representativos dos policiais em São Paulo, não houve eleitos.

Um dos representantes da categoria, o vereador Marcelo Santos, de Ilhabela, PM por 22 anos, declarou-se surpreso com o pequeno número de vereadores ligados à classe policial. "Como vamos defender nossos interesses sem participação política?", questionou.

O evento contou com a participação de representantes de diversas categorias dos policiais civis e militares. O coronel Vicente Antonio Mariano Ferraz, chefe de gabinete do comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, representou no encontro o coronel Álvaro Camilo, titular do comando. Além de apresentar um panorama das atividades da PM no Estado " 100 mil homens e mulheres presentes em todos os 645 municípios paulistas, envolvidos em 30,5 milhões de intervenções no ano de 2009 ", ele destacou que o Comando Geral mantém um diálogo aberto com as entidades representativas da classe.

alesp